Com 22 anos de experiência na WEG (#WEGE3), Alberto Kuba assumirá, a partir desta semana, a posição de CEO da fábrica de motores, a sexta maior empresa da bolsa brasileira, em valor de mercado.
Quando o então estagiário ingressou no departamento comercial, aos 21 anos, a empresa alcançava seu primeiro bilhão em faturamento. Em 2023, o faturamento chegou a R$ 32 bilhões. Agora, o novo CEO tem como principal foco a internacionalização dos negócios.
Ele será o quarto presidente da história da companhia e o primeiro que não conviveu com os fundadores. Em entrevista ao Valor Econômico, Kuba lembra que, em uma noite de terça-feira, o presidente do conselho e filho de um dos fundadores, Décio da Silva, o convidou para uma conversa sobre as gerações anteriores. Dois dias depois, no dia 8 de dezembro de 2023, formalizaram a nomeação.
Sucessão planejada
A transição de poder na WEG foi cuidadosamente planejada ao longo de quatro anos por Harry Schmelzer, o antigo presidente que esteve na companhia por mais de quatro décadas.
Durante sua presidência, Schmelzer liderou 34 aquisições, focando no crescimento de mercado e na expansão de novos negócios da companhia que completou 62 anos.
Continuidade e expansão
A internacionalização da WEG começou em 2002, e o novo CEO teve um papel fundamental nesse processo, assumindo cargos de liderança na China e nos Estados Unidos. Ele enfatiza a importância de se adaptar às novas tendências, como transição energética e digitalização, para continuar crescendo.
Agora, Kuba herda uma empresa que já possui presença global, com 52 parques fabris em 15 países. Entretanto, apenas metade da receita da empresa vem do exterior, deixando espaço para crescimento. Seu objetivo é impulsionar as operações internacionais, expandindo especialmente os segmentos de automação e redutores.
“Não haverá mudanças disruptivas. Onde queremos chegar, os segmentos que estamos visualizando e os mercados que queremos crescer já estão definidos”, afirma. “Minha missão, como executivo, é pegar uma empresa brasileira, que já é grande, e globalizá-la em muitos negócios”, completou ao Valor Econômico.
Investimentos e perspectivas futuras
No último ano, a empresa adquiriu a operação de motores e geradores da Regal Rexnord por US$ 400 milhões, fortalecendo ainda mais sua posição no mercado. E, agora, a estratégia de crescimento inclui continuar as aquisições para conquistar novos mercados e segmentos industriais.
Para 2024, a WEG reservou R$ 1,9 bilhão em aumento de capacidade, visando mercados promissores como sistemas de carregamento, mobilidade elétrica e energias renováveis. Com o Brasil posicionado no mercado global de energia limpa, a empresa quer capitalizar essas oportunidades.