Os principais índices do mercado de ações europeu encerram o pregão desta sexta-feira em queda, refletindo as falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a respeito de mais espera no processo de queda dos juros e do payroll de março, que veio mais quente que o previsto.
Desempenho das bolsas:
- FTSE-100 (Londres): -0,81%, 7.911,16 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): -1,24%, 18.175,04 pontos;
- CAC-40 (Paris): -1,11%, 8.061,31 pontos;
- FTSE MIB (Milão): -1,29%, 34.010,88 pontos;
- IBEX-35 (Madri): -1,58%, 10.916,00 pontos;
- SMI-20 (Zurique): -1,67%, 11.495,79 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): -1,44%, 6.219,01 pontos.
Emprego nos Estados Unidos
A possibilidade de manutenção das taxas de juros pelo Fed até junho ganhou força, refletindo-se nos mercados financeiros. Isso ocorreu após a divulgação de dados que indicaram a criação de 303 mil empregos nos Estados Unidos em março, superando as expectativas dos analistas. Além disso, o salário médio por hora teve um aumento ligeiramente acima do esperado.
Para Steve Sosnick, estrategista-chefe da Interactive Brokers, a força do emprego nos Estados Unidos não deveria influenciar muito o Banco Central Europeu (BCE). “Na Europa há mais tensões em muitas economias, por isso a situação lá pode revelar-se um pouco mais fértil para cortes nas taxas.”
Falas de dirigentes do Fed
O mercado europeu refletiu as falas de ontem de Loretta Mester, presidente do Fed Cleveland, que disse que o banco não tem pressa com os juros, e de Neel Kashkari, do Fed Minneapolis, que acredita que não deverá haver cortes neste ano.
Dois dirigentes do Fed hoje deram declarações semelhantes: a presidente do Fed Dallas, Lorie Logan, que não tem pressa em baixar as taxas, e da governadora Michelle Bowman, que até acha que pode haver mais aumentos caso a inflação não caia.
Análise dos dados econômicos na Europa
Na zona do euro, os dados também mostraram sinais mistos. As vendas no varejo caíram 0,5% em fevereiro, enquanto as encomendas à indústria na Alemanha cresceram apenas 0,2%, abaixo das projeções.
Cenário corporativo
Em Londres, as ações da Ocado registraram uma queda de quase 9%, estendendo as perdas do dia anterior após o anúncio da saída do presidente da empresa.
Na Bolsa de Milão, empresas como a Snam SpA e a Italgas foram as mais afetadas. Enquanto isso, a Ferrari registrou um dos melhores desempenhos, com alta de 1,27%.
Veja a variação e a pontuação dos índices europeus na semana:
- FTSE-100 (Londres): -0,61%;
- DAX-30 (Frankfurt): -1,85%;
- CAC-40 (Paris): -1,84%;
- FTSE MIB (Milão): -2,13%;
- IBEX-35 (Madri): -1,38%;
- SMI-20 (Zurique): -2%;
- PSI-20 (Lisboa): -0,98%.