O economista da XP Rodolfo Margato analisou os resultados do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) proxy mensal para o PIB – que saltou 5,5% em março de 2023 comparado a março de 2022, muito acima das estimativas (XP: 4,2%; consenso: 3,6%). Com isso, o indicador registrou expansão de 3,9% no 1º trimestre deste ano ante o 1º trimestre do ano passado. A projeção é de crescimento de 1,4% para o PIB de 2023.
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“Como temos reforçado em nossa comunicação recente, preferimos comparar as taxas de variação interanuais entre o IBC-Br trimestral e o PIB total. Com base nos resultados com ajuste sazonal, o IBC-Br disparou 2,4% entre janeiro e março, após recuar 1,6% entre outubro e dezembro”, diz Margato.
“Esse avanço expressivo ocorreu a despeito de uma ligeira queda de 0,15% em março contra fevereiro.”
Por sua vez, o Tracker XP para o PIB – estimativa de alta frequência – aponta para crescimento de 1,3% no 1º trimestre de 2023 frente ao 4º trimestre de 2022 (elevação de 3,2% ante o 1º trimestre de 2022).
“Olhando adiante, nossa estimativa preliminar para o IBC-Br de abril indica alta de 0,3% em relação a março (aumento de 3,5% frente a abril de 2022).”
Em resumo, os últimos indicadores de atividade doméstica surpreenderam positivamente. Além do forte desempenho de setores menos sensíveis ao ciclo econômico (agropecuária e indústria extrativa como protagonistas), o consumo das famílias mostra resiliência em meio ao aumento da renda real disponível (tendo em vista a recuperação do mercado de trabalho e as maiores transferências do governo), diz o relatório.
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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