A presidente da unidade de Cleveland do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Loretta Mester, voltou a dizer hoje que o banco central continua comprometido em reduzir a inflação do país, cuja meta é de 2%, e destacou a importância das políticas de longo prazo.
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“O Fed está comprometido em devolver a inflação à meta de 2%. Todos sabemos que a inflação alta dificulta muito o sustento das pessoas. É um encargo particularmente oneroso para pessoas e empresas com menos recursos”, disse Mester em discurso em Dublin, na Irlanda.
Mester disse que a inflação alta também tem custos de longo prazo e o desempenho econômico mais à frente, para ser forte, precisa de estabilidade de preços.
“Essas tendências de movimento mais lento incluem crescimento do produto potencial de longo prazo, crescimento da força de trabalho, mudanças demográficas e crescimento da produtividade. E embora a política monetária não possa afetar diretamente essas tendências de longo prazo, é preciso levá-las em conta”, explicou.
Ela ainda observou que ainda é possível que o mundo de juros baixos que prevalecia antes da pandemia de coronavírus em 2020 possa voltar.
“Um maior crescimento da produtividade aumentaria o retorno potencial de novos investimentos e aumentaria a demanda das empresas por capital, elevando assim a taxa de juros de equilíbrio”, observou Mester, acrescentando que “as forças demográficas poderiam compensar isso”.
A presidente do Fed de Cleveland não tem uma votação sobre o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deste ano.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
Imagem: divulgação
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