Após duas quedas consecutivas, a produção industrial se recuperou em março, puxada pelo segmento de manufatura. “Apesar do carrego positivo para o 2T23, as condições monetárias mais apertadas e a desaceleração da demanda doméstica devem pesar sobre a produção industrial ao longo do ano”, dizem os analistas.
- Tem um grupo seleto de leitores do Monitor do Mercado que recebe informações, recomendações e análises de investimento diretamente no WhatsApp. É muito mais do que está disponível no site e, melhor, em tempo real. Quer entrar para a turma? Clique aqui.
Em março, a produção industrial cresceu 1,1% contra o mês anterior (0,9% na comparação com mar/22), acima das expectativas do mercado (0,9% m/m e 0,6% a/a), mas próximo da nossa projeção (1,2% m/m e 1,2% a/a).
A indústria de transformação avançou 1,4% no comparativo mensal, enquanto a indústria extrativa teve uma leve contração (-0,1%). Entre as categorias, 64% apresentaram crescimento na comparação mensal, vindo de 68% em fevereiro.
Olhando para as principais categorias, a principal surpresa positiva foi em bens de capitais, que se expandiu em 6,3% m/m, vindo de forte queda vista em janeiro (-4,1% m/m) e de um pequeno avanço de fevereiro (0,6% m/m). Além disso, bens de consumo duráveis subiram 2,5% m/m e bens intermediários avançaram 0,9% m/m. Somente a quebra de bens de consumo semiduráveis e não duráveis contraiu no mês (-0,5%).
A produção industrial ficou estável no 1T23, com a indústria de transformação contraindo 0,3% t/t e a indústria extrativa com alta de 3,0% t/t. O nosso tracking do PIB no 1T23 se manteve estável em 1,2% t/t.
“Com os dados de hoje, o carrego estatístico para o 2T23 atingiu +0,7% para o índice cheio, +0,8% para a indústria de transformação e 1,4% para a extrativa, na variação trimestral com ajuste sazonal”, diz o Itaú
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
Copyright 2023 – Grupo CMA