O Ibovespa futuro sinaliza queda com os investidores digerindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), nos dias 2 e 3, e os dados piores da China indicando incertezas sobre a recuperação da economia do país.
Somado a isso, os agentes ficam atentos aos balanços corporativos por aqui que seguem a todo vapor. Após o fechamento, saem os números da CVC Brasil, Ecorodovias, Méliuz, Minerva e Yduqs.
A autoridade monetária reiterou no documento divulgado nesta manhã que não há relação mecânica entre a política monetária e a nova âncora fiscal. Em relação à China, foram
anunciados esta madrugada os dados da balança comercial do país e as importações em abril tiveram queda de 7,9% ante o mesmo período do passado, as expectativas eram de retração de 0,2%.
Às 9h39 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em junho caía 0,19%, aos106.800 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias operavam em queda. Na Ásia, a maioria dos índices fechou no negativo.
Segundos os analistas da Commcor Corretora, em relatório, os investidores devem repercutir a ata do Copom e dados chineses.
“O documento reforçou que a divulgação do arcabouço fiscal ajuda a reduzir as incertezas, mas que não há uma relação mecânica entre a política monetária e o novo marco fiscal, o que ressalta cautela do BC em comunicar que a âncora fiscal é apenas um dos fatores a ser analisado para as próximas reuniões; a ata enfatizou que o cenário em que haverá a retomada do ciclo de alta é tido como o menos provável pelo Comitê, mas que a conjuntura atual requer paciência e serenidade na condução da política monetária; os agentes financeiros também devem repercutir o cenário externo com os dados da balança comercial da China abaixo do esperado, o que pode ser
interpretado como um sinal de que a atividade de uma das principais economias do globo não esteja se recuperando do pós-covid como esperado”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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