A Bolsa fechou em alta pelo terceiro dia seguido sustentada pelo bom desempenho das ações ligadas à commodities, como os pesos-pesados Petrobras (PETR 3 e PETR4) e Vale (VALE3) por conta da valorização do petróleo e do minério de ferro, respectivamente, e dos bancos.
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Os investidores ficam na expectativa de divulgação dos resultados das empresas, hoje saíram os números do Itaú-Unibanco (ITUB4) e BTG Pactual (BPAC11) e agradaram o mercado. Após o fechamento será a vez de Natura (NTCO3), Braskem (BRKM5) e Totvs (TOTS3).
As ações da Vale (VALE3) avançaram 1,34%. Petrobras (PETR3 e PETR4) aumentaram 1,64% e 2,12%. Bancos subiram em bloco. Os papéis da SLC Agrícola (SLCE3) foram destaque de queda de 6,79% com o rebaixamento na recomendação pelo Bank of America de neutra para underperform (venda). As ações da Eletrobras (ELET 3 e ELET6) também sofreram e perderam 1,70% e 1,74%, após a AGU entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para dar mais poder de voto ao governo na companhia.
O principal índice da B3 subiu 0,84%, aos 106.042,15 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho aumentou 0,62%, aos 107.265 pontos. O giro financeiro foi de R$ 25,3 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.
Alexsandro Nishimura, economista e sóccio da Nomos, disse que as commodities e os bancos ajudaram a sustentar o Ibovespa, “descolando do movimento errático dos índices norte-americanos, as altas do minério de ferro e do petróleo ajudaram para as valorizações da Vale e Petrobras, enquanto os bancos seguiram as avaliações dos resultados de Itaú e BTG Pactual”.
Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, disse que o Ibovespa subiu na sessão de hoje “impulsionado pelo setor de commodities com Petrobras e Vale; Vale foi influenciada pela alta do minério de ferro e Petrobras pelo petróleo, após o afastamento de recessão nos EUA; outro fator que colabora para a alta é a indicação de Galípolo. É um nome muito bom no que diz respeito à questão técnica, mas há quem veja de forma negativa por ele ser de esquerda, o que claramente mostra que o governo está fazendo uma indicação política que pode atuar de acordo com a linha do governo em relação a baixar os juros”.
Segundo Fabricio Gonçalvez, CEO da Asset Management, a indicação de Galípolo não impactou na Bolsa, mas “fez inclinação na curva de juros com a preocupação com a inflação e existe uma expectativa de que ele seja o sucessor de Campos Neto quando termine seu mandato, o que puxada o Ibovespa são as commodities e os bancos”.
Heitor Martins, especialista em renda variável da Nexgen Capital, disse que a Bolsa sobe com a China.
“O mercado precifica que vai aumentar a atividade econômica na China com a decisão do governo por lá em diminuir as taxas de crédito e os bancos chineses performaram bem, o que fez com que o minério subisse e esse o otimismo acaba refletindo aqui; outro ponto importante: a gente fica de olho na oferta que a Apollo fez pela Braskem na sexta-feira, a ação subiu forte na sexta e agora avança de novo e acaba impulsionando a Bolsa”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
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