O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, afirmou nesta segunda-feira que a inflação na zona do euro deverá desacelerar significativamente este ano, embora ainda haja um forte impulso no crescimento dos preços, especialmente para bens e serviços subjacentes.
- Sabia que o Monitor do Mercado manda notícias e recomendações de investimento primeiro para alguns grupos de WhatsApp? É o serviço chamado Real Time. E você pode fazer parte desse time, que fica à frente do mercado financeiro. Clique aqui e garanta seu acesso.
Durante uma palestra organizada pelo Fórum Nova Economia em Berlim, Lane destacou que a desaceleração da inflação será impulsionada pelos preços mais baixos da energia e pela redução dos gargalos, além da queda nas margens de lucro das empresas, que foram um dos principais impulsionadores da inflação no ano passado.
De acordo com Lane, as empresas estão enfrentando aumentos de custos, incluindo nos custos trabalhistas, mas não poderão aumentar tanto os preços porque a demanda está se normalizando. “Este ano (as empresas) esperam que as margens caiam bastante, mas não poderão aumentar tanto os preços porque a demanda está se normalizando”, disse Lane.
O economista-chefe também destacou a importância de reconstruir os salários reais no mercado de trabalho, afirmando que “há um imperativo muito básico para o mercado de trabalho reconstruir os salários reais. Segundo Lane, essa fase de transição, que durará vários anos, ajuda a esclarecer por que a inflação não cai imediatamente para 2%.
Lane enfatizou que, embora ainda haja impulso na inflação, grande parte dela deve reverter até o final deste ano e nos próximos anos, “em parte por causa da reversão dos choques subjacentes, em parte por causa da crise monetária”. Ele também disse que a inflação não deve cair imediatamente para a meta de 2% do BCE, mas espera que ela se aproxime dessa meta ao longo do tempo.
Larissa Bernardes / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
Copyright 2023 – Grupo CMA