O dólar comercial fechou em queda de 0,96%, cotado a R$ 4,9450. A moeda refletiu, ao longo da sessão, a melhora da percepção de recessão nos Estados Unidos e o intenso fluxo estrangeiro na bolsa brasileira. Na semana, a divisa teve desvalorização de 0,86%.
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Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “no geral, parece que o mercado está subindo refletindo um alivio em relação ao sistema bancário americano”.
De acordo com o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, “o mercado está melhor, apesar do payroll”. O executivo entende que os comunicados do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e Banco Central (BC) não foram duros, e observa que a instituição brasileira deveria se preocupar em mudar o tom do comunicado, e não criar uma guerra política.
O payroll (folha de pagamento) apontou a criação em abril, nos Estados Unidos, de 253 mil vagas ante projeções de 180 mil, enquanto a taxa de desemprego foi de 3,4% (estimativas de 3,6%) e o salário médio por hora subiu 0,48% ante projeções de 0,3%.
“Os dados vieram bem fortes. Tudo aponta que o mercado de trabalho está muito apertado, e vem em linha com o que o Fed vem dizendo sobre a resiliência da inflação. É cada vez mais difícil acreditar num corte dos juros para este ano”, diz o analista da Ouro Preto.
Komura acredita que este cenário é negativo para o real e bolsa, já que o mercado deve precificar os juros altos por mais tempo. Por outro lado, a Selic (taxa básica de juros) em 13,75% beneficia o fluxo estrangeiro e a curto prazo favorece o real.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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