As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem caindo devido a comunicados de bancos centrais globais, nesta quinta-feira (4) pós-Super Quarta e ainda refletindo a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de ontem e suas decisões de manutenção da Selic (taxa básica de juros) a 13,75%, ao ano, numa postura mais dovish (mais suave, tendência de corte ou manutenção dos juros). A continuidade da taxa já era amplamente esperada.
Rumores de que o governo estaria tentando colocar alguém próximo a eles no BC – na tentativa de fazer pressão para derrubar os juros – foi cogitado como um dos motivos que está fazendo o Ibovespa desacelerar e o dólar subir. O economista e sócio da Pronto! Investimentos, Marcelo Castro, discorda.
“Esse negócio do BC já está rolando há umas 2 ou 3 semanas vai ter troca de alguns diretores e o Haddad deve colocar alguém com mais inclinação aos desejos do governo, sim. Mas acho que isso não impacta os juros hoje”, diz. “Hoje o que está refletindo são as decisões dos vários BCs que divulgaram as novas taxas: Comitê de Política Monetária (Copom), Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), Banco Central Europeu (BCE)”
“A mensagem do Copom não foi baixista – pelo contrário – deixou aberta a possibilidade de subir mais as taxas, se acharem necessário”, disse o especialista.”Aqui está caindo pelo fator externo, seguindo os juros americanos que estão para baixo”, concluiu.
Por volta das 13h10 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,195% de 13,230 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,740 % de 11,860%, o DI para janeiro de 2026 ia a 11,577 %, de 11,475%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,470 % de 11,600 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava alta, cotado a R$ 5,0180 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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