A CSN Mineração registrou lucro líquido de R$ 515,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, queda de 30% frente aos R$ 739 milhões registrados na comparação com o mesmo período de 2022 e uma diminuição de 40,8% em relação ao trimestre anterior, como consequência das despesas com hedge de Platts realizadas no período.
A companhia destaca que, com a forte queda do Platts após o final do 1T23, a posição em aberto do hedge Platts terá um efeito positivo de forma a compensar majoritariamente o impacto que a companhia teve no 1T23. Ao final de abril de 2023, a perda acumulada no ano com hedge de Platts estava em apenas USD 13,2 milhões.
Já o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) ajustado chegou a R$ 2,01 bilhões ao final de março. O resultado representa um recuo de 16% ante o primeiro trimestre de 2022, mas também representa um avanço de 13% na comparação com o quarto trimestre de 2022.
A margem ebitda ajustado ficou em 49,05%, menos 18,4 pontos porcentuais do que o registrado um ano antes. Na comparação com o trimestre anterior, o índice também recua 1,8 ponto porcentual.
No primeiro trimestre de 2023, a receita líquida ajustada totalizou R$ 4,11 bilhões, valor 7% superior ao registrado em igual intervalo do ano passado, quando totalizou R$ 3,83 bilhões.
Já o resultado financeiro ficou negativo em R$ 381 milhões no período, impactado pelo efeito da variação cambial verificado no trimestre. Entre janeiro e março de 2023, o resultado financeiro foi de R$ 965 milhões negativos, também em função da variação cambial verificada na época, informou a CSN Mineração, no release que acompanha os resultados do balanço.
Ao final de março de 2023, a CSN Mineração possuía um fluxo de caixa ajustado positivo de R$ 379 milhões, afetado, principalmente, pelas despesas financeiras com as operações de hedge e pelo aumento do capital de giro da Companhia, resultado do aumento de preços no período.
A companhia encerrou o primeiro trimestre de 2023 com caixa de R$ 9,25 bilhões e voltou à posição de caixa líquido (R$ 0,6 bilhão), como consequência, principalmente, do pré-pagamento de US$ 500 milhões realizado com a Glencore em janeiro de 2023.
Por sua vez, o indicador de alavancagem medido pela relação dívida líquida sobre o ebitda ficou em -0,11x.
Cynara Escobar / Agência CMA
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