As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem recuando nesta Super Quarta, impulsionadas pela decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de aumentar a meta da taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual (pp) para a faixa entre 5,0% e 5,25%.
O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, comentou que o aumento em 25bps veio em linha com o amplamente esperado. Em seu comunicado, o Fomc suprimiu os sinais de mais elevações, interrompendo o ciclo de alta no intervalo de 5,00%-5,25%, conforme o especialista informou.
Se a comunicação oficial fosse composta exclusivamente pelo texto divulgado ficaria bem aberta a possibilidade de que um ciclo de baixa de juro poderia começar muito em breve”, diz o especialista.
“Como ainda há a press conference do Powell [presidente do Fed, o Banco Central norte-americano] vamos aguardar para falar de juros. Por ora seguimos avaliando que haverá uma interrupção hawkish, com a autoridade buscando em seu discurso afastar cenários com cortes precoces. Deste modo, ainda mantemos o cenário de que a Fed Funds Rate encontrará alívio apenas no último trimestre desse ano”, opinou Sanchez.
O gerente de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni, diz que o mercado já esperava por esse aumento de 25bps nos EUA, mas certamente, a ‘Super Quarta’ está refletindo nos mercados e derrubando os juros futuros.
“Essa queda se dá pela volatilidade da expectativa em relação à manutenção das taxas mundiais em um ambiente econômico ainda enfrentando uma inflação resistente. Agora esperamos pela taxa Selic que deve ser mantida no patamar que está, mas o mercado já precifica um possível corte de juros nos próximos meses”, conclui Perottoni.
Por volta das 15h20 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,235% de 13,270 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,875 % de 11,940%, o DI para janeiro de 2026 ia a 11,640 %, de 11,580%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 11,720 % de 11,575 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava queda, cotado a R$ 4,9960 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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