O governo vai anunciar às 15h o adiamento, para todo o país, do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido popularmente como “Enem dos Concursos”. As informações são da jornalista Vera Magalhães, publicadas no O Globo.
Segundo ela, a decisão sobre o adiamento das provas está em discussão entre os ministros envolvidos. A proposta divide opiniões e passa por ajustes finais em uma série de reuniões.
Caso o adiamento seja confirmado, ainda não há uma definição sobre a nova data das provas. A situação segue em análise.
Viabilidade técnica e impacto das chuvas no Rio Grande do Sul
Havia incertezas sobre a possibilidade técnica de adiar as provas apenas no Rio Grande do Sul, estado afetado por fortes chuvas que resultaram em vítimas, desaparecidos e desabrigados.
Mas ao contrário do Enem, o CNU não possui um banco de provas já elaboradas, o que aumenta o risco de aplicação de testes com níveis de dificuldade distintos, gerando possíveis contestações judiciais.
Além das questões técnicas, argumentos de ordem humanitária e política foram levantados a favor do adiamento. A recente visita de Lula ao estado e a sensibilidade diante da situação emergencial foram destacadas como razões para considerar o adiamento das provas.
A possibilidade de as condições climáticas adversas se estenderem a Santa Catarina também influenciou a decisão. Esse fator foi determinante para alguns membros do colegiado.
Prejuízo financeiro
Além das implicações técnicas e humanitárias, o custo da realização do CNU e o potencial prejuízo financeiro, estimado em R$ 50 milhões, foram considerados.