O Itaú espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida por manter a Selic (taxa básica de juros) estável em 13,75% a.a., na próxima reunião, no início de maio, a fim de assegurar a convergência da inflação para a meta de política monetária.
“Esperamos que o balanço de riscos para a inflação continue sendo descrito como simétrico. Ainda que apresentação da proposta para o novo arcabouço fiscal possa contribuir para limitar incertezas e reduzir o risco fiscal estrutural, a evolução da trajetória da dívida pública ainda deve ser mencionada como risco de alta, junto com a piora das expectativas de inflação para horizontes mais longos, diz o banco.
“Por outro lado, uma desaceleração global mais pronunciada, a queda adicional dos preços de commodities e uma redução na concessão doméstica de crédito maior do que a esperada devem ser apontados novamente como riscos de baixa.”
Os analistas do Itaú estimam que as projeções de inflação do comitê no cenário de referência (que inclui taxa de câmbio seguindo a paridade do poder de compra e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) devem avançar de 5,8% para 5,9% em 2023 e de 3,6% para 3,7% em 2024.
Para eles, novamente, o comitê deve reforçar a sinalização de manutenção da “postura vigilante da política monetária e de perseverança no processo de desinflação até a convergência às metas no horizonte relevante.”