O dólar comercial fechou a R$ 4,988 para venda, com valorização de 0,18%. Às 17h05min, o dólar futuro para maio tinha alta de 0,23% a R$ 5,000. Na semana, o dólar spot teve valorização de 1,4%. No mês de abril, a moeda caiu 1,6%. Em dia de ajuste da Ptax, as expectativas para a Super Quarta, na semana que vem, e preocupações com a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso determinaram a elevação.
O mercado segue preocupado com inflação e juros altos lá fora. Mais cedo, o Departamento do Comércio dos EUA, divulgou o índice de preços para os gastos pessoais (PCE), que teve alta de 0,1% em março na comparação mensal. O índice PCE subiu 4,2% em março em base anual, após alta de 5,1% em fevereiro. O indicador é acompanhando de perto pelos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Diego Costa, head de câmbio para norte e nordeste da B&T Câmbio, disse que a sessão de hoje foi de forte volatilidade “na esteira da disputa pela formação da Ptax mensal; investidores miram as atenções para a Super Quarta, decisões de juros aqui e nos Estados Unidos. Hoje a leitura PCE sustentou a estimativa por um avanço [pelo Fed] de 0,25 ponto percentual (pp) na quarta-feira que vem e fica a expectativa para os comunicados do Copom [aqui] e do Fomc [nos EUA]”.
Segundo Leonardo Santana, especialista Top Gain, o dólar está forte no mundo “com preocupação em relação à inflação norte-americana e taxa de juros, o núcleo veio em linha, mas se olhar o indicador como um todo, mostra uma inflação que não consegue desacelerar muito; o mercado vem aumentando as apostas de 0,25 pp para a reunião do Fed na semana que vem e deve ter fuga de capital aqui do Brasil migrando para os Estados Unidos; por aqui volta a preocupação com risco fiscal porque o arcabouço não começou a ser votado por conta da CPMI”.
Por aqui, a taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 8,8% no trimestre móvel encerrado em março, ficando 0,9 ponto percentual acima ante o trimestre anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o melhor resultado para o período desde 2015 (8%). O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +8,9%, conforme o Termômetro CMA.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central subiu 3,32% em fevereiro em relação a janeiro, indo a 147,49 pontos. O Termômetro CMA apostava em alta de 1,35% em fevereiro ante janeiro.
Copyright 2023 – Grupo CMA
Imagem: piqsels.com