O IBC-Br cresceu 3,3% em fevereiro, revertendo as perdas dos últimos meses (queda em 5 dos últimos 6 meses), considerando a série dessazonalizada. Na comparação com igual período de 2022, a alta foi de 2,8% em fevereiro, após 3,0% em janeiro.
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Segundo avaliação da Tendências Consultoria, de forma semelhante ao apresentado por algumas pesquisas de atividade setoriais na métrica dessazonalizada, a maior variância nos últimos resultados do IBC-Br parece captar dinâmicas de calendário específicas ao período de final de 2022 e início de 2023, relativamente diferentes do padrão dos últimos anos. Em termos de intensidade, a alta registrada em março se assemelha ao registrado no período de reabertura da economia durante à primeira onda da pandemia (3,3% MoMsa em fev/22 x média de 3,8% de maio a julho de 2020), evidenciando o caráter atípico do atual resultado para o padrão histórico.
Apesar da oscilação no curto prazo, o resultado sugere um incremento marginal no ritmo de crescimento em fevereiro de 2023. No trimestre encerrado em fevereiro, considerando a comparação anual, o indicador cresceu 2,2%, após 1,5% em janeiro e 1,6% em dezembro. Na comparação em 12 meses, a alta foi de 3,1% após 2,8% em dezembro de 2022. Essa intensificação marginal no ritmo de crescimento é compatível com o cenário de curto prazo para o PIB total. A projeção é de 2,2% no 1T23, após 1,9% no 4T22, considerando a métrica interanual.
“Em termos dessazonalizados, também se estima crescimento para o PIB, de 0,7% QoQsa atualmente. Contribuem positivamente para a estimativa, além de efeitos calendários atípicos neste ano, a expectativa de produção agrícola recorde, cuja colheita das maiores culturas se concentram no primeiro trimestre”, aponta documento divulgado pela consultoria.
Quanto às influências setoriais para o resultado recém-divulgado do IBC-Br, os principais destaques positivos foram comércio (1,7% MoMsa no conceito ampliado) e serviços (1,1% MoMsa). Por outro lado, a queda da população ocupada que limita a massa de rendimentos do trabalho (-0,4% MoMsa e 0,1% MoMsa, respectivamente) e a relativa estabilidade da produção industrial (-0,2% MoMsa) atuaram como limitações ao desempenho do indicador no mês.
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