A Bolsa fechou em queda pelo segundo dia empurrada pelas ações ligadas às commodities, principalmente as metálicas, e acompanhando o movimento negativo dos índices em Nova York.
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As ações da Vale (VALE3) caíram 2,72% e as siderúrgicas também tiveram queda puxadas pela desvalorização do minério de ferro na China. Para amanhã, os investidores ficam na expectativa para o balanço da mineradora. Na semana passada foi divulgado a prévia operacional da companhia em que as vendas vieram menores que o mercado estava prevendo.
A Petrobras (PETR3 e PETR4) chegou a cair forte acompanhando o movimento do petróleo, que passou por um movimento de ajuste na sessão de hoje, mas reduziu a perda no final dos negócios e fechou com queda de 0,52$ e 0,40% e com o mau humor externo.
Entre as blue chips, Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBD3 e BBD4) subiram 0,90%, 1,56% e 2,22%.
Hoje, os investidores também acompanharam com atenção a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma audiência no Senado. Ele disse que não sabe quando a taxa Selic vai começar a cair e a decisão para isso será técnica e não política.
O principal índice da B3 caiu 0,69%, aos 103.220,09 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em junho perdeu 0,75%, aos 104.940 pontos. O giro financeiro foi de R$ 20,3 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam em queda.
Marcus Labathe, sócio-fundador da GT Capital, disse que o Ibovespa cai mais uma vez
“pressionado pelos papéis ligados às commodities metálicas; a perspectiva para essas ações, no curto prazo, é negativa”.
Ariane Benedito, economista e RI da Esh Capital, disse que o mercado está atento às falas de Campos Neto, as commodities pressionam e o exterior negativo também contribuem para esse pessimismo. “O RCN defende que tenha uma política fiscal alinhada com a política monetária, a melhora do mercado se daria se ele mudasse a postura em relação aos juros, a queda do minério de ferro na China com a tentativa do país de segurar o preço impacta nas empresas aqui na Bolsa como a Vale e siderúrgicas e o exterior negativo também pesam”.
Ariane disse que é “preciso de uma clareza maior sobre o fiscal e a instabilidade política prejudica muito a Bolsa, os dados de inflação aqui como o IPCA-15 [amanhã] e de atividade podem animar o Ibovespa. Na semana passada, o IPCA de março desacelerou para 0,71% e ajudou a animar a Bolsa.
Soraia Budaibes / Agência CMA
Imagem: unsplash.com
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