O Santander Brasil divulgou hoje o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido gerencial de R$ 2,14 bilhões, queda de 46,6% na comparação com o mesmo período de 2022. Na comparação com o quarto trimestre de 2022, o resultado foi 26,7% superior.
O ROAE (retorno sobre patrimônio médio) foi de 10,6%, recuo de 10,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022. Já a provisão para devedores duvidosos (PDD) foi de R$ 6,76 bilhões, alta de 46,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2022.
O retorno gerencial sobre o patrimônio líquido foi de 10,55%, melhora de 220bps no último trimestre e queda de 1.012bps quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
A carteira de crédito atingiu R$ 500,3 bilhões, representando crescimento de 9,91% se comparado com o mesmo período do ano anterior. Destaque para o crescimento da carteira de Grandes Empresas com crescimento de 22% e Pessoas físicas com crescimento de 7,7. No trimestre, a carteira cresceu 2,2% com destaque para Grandes Empresas com crescimento de 9,5% e Pessoas Físicas com crescimento de 1,1% – destaque principalmente para produtos de Crédito Consignado e Crédito Imobiliário, por outro lado, segmento de Financiamento ao Consumo apresentou queda de 1,2% principalmente por pior dinâmica de mercado assim como maior seletividade ao crédito.
A margem financeira bruta totalizou R$ 13,1 bilhões, queda de 6% se comparado com o mesmo período do ano anterior e crescimento de 5% quando comparado ao trimestre anterior, explicados principalmente pelo crescimento na margem com clientes destaque para os resultados nas linhas de Captação, além de operações pontuais realizadas em Comercialização de Energia, margem de crédito apresenta queda principalmente por menor número de dias corridos.
O resultado de créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ 11 bilhões com crescimento de 139% em relação ao ano anterior e 49% quando comparado ao último trimestre, justificado pelo crescimento da inadimplência principalmente nas operações de crédito a pessoas físicas, evento extraordinário e PDD adicional realizadas todas no primeiro trimestre de 2023.
As receitas totais de prestação de serviços tiveram queda de 7% quando comparado ao último trimestre explicados principalmente por eventos sazonais observados no último trimestre (efeitos sazonal de renovação de apólice de seguro de vida e mudança de registro de competência de corretagem de Seguros).
As despesas gerais atingiram R$ 5,91 bilhões, alta de 6,8% em 12 meses, pressionadas pela inflação no período. Em três meses, as despesas caíram 2,3%. Os ativos totais somaram R$ 1,049 bilhão, alta de 9,3% na comparação anual. O patrimônio líquido atingiu R$ 82,7 bilhões, alta de 4,4% em relação ao primeiro trimestre de 2022.
O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,2% em março de 2023, alta de 0,24 ponto percentual na comparação anual. O índice atingiu 4,2% em PMEs, e 0,1% para Grandes Empresas. As novas safras, originadas a partir de janeiro de 2022, apresentam maior qualidade, atingindo índice de 2,8%, sendo 0,8 p.p. menor que o indicador das safras antigas.
O índice de inadimplência de 15 a 90 dias alcançou 4,5% em março de 2023, alta de 0,32 ponto percentual na comparação anual. O índice atingiu 5,4% em PMEs, e 0,2% em Grandes Empresas. As novas safras, originadas a partir de janeiro de 2022, apresentam maior qualidade, atingindo índice de 3,9%, sendo 1,3 p.p. menor que o indicador das safras antiga.
Emerson Lopes / Agência CMA
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