O dólar comercial fechou em queda de 0,40%, cotado a R$ 5,13. A moeda refletiu, ao longo da sessão, certo otimismo do mercado após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no começo desta manhã.
Apesar de a inflação ao produtor nos EUA ter vindo acima do esperado em abril, a abertura do indicador mostrou sinais benignos e houve revisões para baixo de índices anteriores. As chances de o Federal Reserve reduzir juros em setembro se sustentam acima de 60%.
Movimentação do dólar
Em queda desde a abertura dos negócios, o dólar rompeu o piso de R$ 5,15 ainda na primeira hora do pregão e registrou mínima a R$ 5,1250 ainda pela manhã. Após orbitar o nível de R$ 5,13 ao longo da tarde, a moeda encerrou o dia a R$ 5,1303, em baixa de 0,40%. No mês, a divisa acumula queda de 1,19%. No ano, ainda avança 5,71%.
O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, vê o comportamento do dólar no mercado doméstico muito ligado ao vaivém das taxas dos Treasuries, que reflete as apostas em torno da política monetária americana.
Expectativas sobre a política monetária nos EUA
Amanhã sai o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) em abril, o que pode mexer com as expectativas em torno do início e da magnitude de eventuais cortes de juros pelo Fed. Por ora, as chances maiores são de apenas uma redução da taxa básica em 25 pontos-base neste ano.
Apesar de o quadro externo ser predominante para o rumo do dólar, Weigt ressalta que a taxa de câmbio ainda carrega prêmios de risco associados a possível mudança de postura do Banco Central no combate à inflação em 2025, quando nomes indicados pelo atual governo vão ser maioria no Copom.
*Com informações da Agência CMA