Os principais índices do mercado de ações europeu fecharam o pregão desta quarta-feira em alta, com o sentimento global impulsionado por dados de inflação dos Estados Unidos que vieram abaixo do esperado.
A perspectiva de uma postura mais flexível do Federal Reserve (Fed) animou os investidores, levando as bolsas de Londres, Frankfurt e Paris a renovarem seus recordes de fechamento.
Resultados dos índices:
- FTSE-100 (Londres): +0,21%, 8.445,80 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): +0,81%, 18.875,35 pontos;
- CAC-40 (Paris): +0,17%, 8.239,99 pontos;
- FTSE MIB (Milão): +0,61%, 35.366,2 pontos;
- IBEX-35 (Madri): +1,10%, 11.362,80 pontos;
- SMI-20 (Zurique): +0,98%, 11.899,26 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +0,75%, 6.971,10 pontos.
O índice pan-europeu Stoxx 600 registrou um avanço de 0,60%, atingindo os 524,78 pontos.
Inflação nos EUA
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos Estados Unidos teve um acréscimo de 0,3% em abril em relação a março, ficando abaixo da expectativa média dos analistas, que apontava uma alta de 0,4%. Esses números reforçam a expectativa de uma atuação cautelosa por parte do Federal Reserve.
A consultoria Oxford Economics considera que esse cenário pode levar o Fed a adiar quaisquer mudanças em sua política monetária até setembro, mantendo, assim, as taxas de juros estáveis.
A ferramenta de monitoramento CME FedWatch agora indica uma probabilidade de 52,7% de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) reduza as taxas em sua reunião de setembro. Isso representa um aumento em comparação com o número registrado na terça-feira, que era de 50,5%, para um corte nas taxas no mesmo mês.
Expectativas de redução de juros na zona do euro
O membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, declarou que o BCE muito provavelmente começará a reduzir os juros já em junho. Villeroy de Galhau reiterou o compromisso do BCE em reduzir a inflação na zona do euro para a meta oficial de 2% até o próximo ano. Essa perspectiva pode ser fortalecida caso a confiança do banco em relação ao retorno sustentável da inflação continue aumentando.
Cenário corporativo
Na temporada de balanços europeus, empresas como Commerzbank e Experian apresentaram resultados favoráveis, impulsionando suas ações. Por outro lado, a grife britânica Burberry registrou uma queda no lucro do ano fiscal de 2024 e previu desafios para o primeiro semestre do ano fiscal de 2025. Esse cenário fez com que suas ações despencassem no mercado inglês, influenciando negativamente outras empresas do setor de luxo, como LVMH e Kering.
*Com informações da Agência CMA