O dólar comercial fechou em queda de 0,28%, cotado a R$ 5,9270. A moeda refletiu a expectativa do mercado que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) encerre o ciclo contracionista e a percepção de menor risco fiscal doméstico.
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Segundo o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “ainda existe o peso do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que não está considerado. A grande confirmação deve vir no próximo payroll (folha de pagamento)”.
Jason entende que o momento é bom e deve ser aproveitado, mas que a inflação norte-americana segue desancorada das expectativas, e isso ainda é desafiador para o Fed.
De acordo com o especialista da Valor Investimentos Gabriel Meira, “sobram poucos países para o investidor estrangeiro, e o Brasil tem vantagem nisso”. Meira entende que o aumento que o aumento da Selic (taxa básica de juros), iniciada com antecedência pelo Banco Central (BC), beneficia o real.
Para o head de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o PPI (índice de preços ao produtor, na sigla em inglês) foi melhor que o esperado, e aumenta as expectativas para que o Fed não suba os juros na próxima reunião, em maio”. O índice de preços ao produtor de março, nos Estados Unidos, caiu 0,5% ante expectativa de +0,1%.
Weigt observa que o real tem se destacado entre as moedas emergentes, e o que a diminuição do risco fiscal doméstico é benéfica neste contexto. A recuperação chinesa mais rápida que o esperado, pontua, também ajuda a moeda brasileira.
Paulo Holland / Agência CMA
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