O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o supermercado Carrefour nesta segunda-feira (10), após uma professora afirmar que havia sido vítima de racismo em uma de suas lojas, em Curitiba (PR).
Um vídeo da professora fazendo compras com roupas íntimas viralizou na internet. Ela fazia um protesto, dizendo que, antes, fora ao mercado vestida normalmente, mas foi seguida por seguranças, como se fosse suspeita.
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Em defesa dela, Lula atacou a rede, de origem francesa: “Ontem, o Carrefour cometeu mais um crime de racismo. Mais um crime. Um fiscal do Carrefour acompanhou uma moça negra, que ia fazer compra, achando que ela ia roubar, ela teve que ficar só de calcinha e sutiã para provar que ela não ia roubar”.
Lula fala em “mais um crime de racismo” lembrando do caso de João Alberto Freitas, que, em 2020, foi espancado no supermercado do Carrefour em Porto Alegre, por vigias que prestavam serviço de segurança à empresa.
Após o crime, o grupo francês anunciou o aporte de R$ 25 milhões em um “fundo de combate ao racismo”. O Monitor do Mercado apurou que o valor equivale a menos do que foi pago a três diretores da rede só em 2020. Veja aqui a reportagem completa.
Posteriormente, o Carrefour assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com autoridades públicas e associações civis, se comprometendo a pagar R$ 115 milhões.
Além disso, o juiz João Ricardo dos Santos Costa, da 16ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de Porto Alegre (RS), determinou que o Carrefour pagasse R$ 3,4 milhões em honorários para os advogados da Educafro e Centro Santos Dias, que representam o movimento negro.
Nos último um ano, as ações do Carrefour no Brasil (CRFB3) caíram pela metade do preço. Elas saíram de quase R$ 24 para menos de R$ 12. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa, caiu cerca de 10%.
Com isso, a rede de supermercado teve o pior desempenho na Bolsa em relação aos seus pares nos últimos 12 meses. Os papéis do Grupo Mateus (GMAT3) subiram 15%; os do Assaí (ASAI3), caíram 9%; enquanto os do Pão de Açúcar (PCAR3) tiveram uma queda de 38%.
Vale ressaltar que ao mesmo tempo em que a inflação aumenta os preços, a alta taxa de juros corroem o poder de compra dos consumidores, afetando os resultados dos varejistas.
Veja o gráfico abaixo:
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