Nesta terça-feira (11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decola a caminho da China, para, conforme a agenda oficial, assinar tratados bilaterais, encontrar empresários e participar de evento com o presidente chinês Xi Jinping.
Na pauta do presidente é preciso estar claro que a economia brasileira nunca dependeu tanto do apetite chinês pelos nossos produtos. Levantamento feito pelo Monitor do Mercado, com dados do governo federal mostra que o maior aumento dessa dependência foi justamente quando Lula esteve no poder.
Nos últimos dois anos, a cada R$ 10 que recebemos por exportação, mais de R$ 3 vieram da China. É o patamar mais alto da história.
Apesar de o ex-presidente Jair Bolsonaro ter alfinetado o principal parceiro comercial do Brasil, chegando a insinuar que a Covid-19 seria parte de uma guerra biológica, desde que ele assumiu o cargo, a participação da China no rol de importadores de produtos brasileiros aumentou mais de 15%.
Se hoje estamos no maior patamar da história, foi durante os mandatos anteriores de Lula que a China teve o maior aumento percentual de sua participação nas exportações brasileiras.
Em oito anos de governo Lula, as exportações para a China passaram de 3,2% para 13,4% do total exportado pelo Brasil.
Os Estados Unidos, que hoje são o segundo maior comprador de produtos brasileiros, viram sua participação minguar na distribuição de produtos brasileiros enquanto a da China crescia.
Nos últimos 20 anos, as posições dos EUA e do gigante asiático no mapa de destino das nossas exportações praticamente se inverteram. Em 2021, os americanos responderam por 11,2% das exportações do Brasil.
Esse tipo de relação define inclusive o rumo da Bolsa de Valores, definido em grande parte pelas ações da Petrobras e da Vale, exportadoras de petróleo e minério de ferro, que têm a China como seu principal mercado.