A Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) informou que, em março, pelo quinto mês consecutivo, a indústria de fundos de investimento registrou resgates líquidos, desta vez da ordem de R$ 42,9 bilhões.
Com esse resultado, o segmento acumula uma perda de R$ 82,1 bilhões no ano e de R$ 257,5 bilhões em 12 meses.Entre as classes de fundos Anbima, apenas os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) e os FIPs (Fundos de Investimento em Participações) apresentaram captações positivas. As três principais classes multimercados, renda fixa e ações, totalizaram um resgate líquido no mês de R$ 47,9 bilhões.
A maior saída em março ocorreu na classe renda fixa, que registrou resgates líquidos de R$ 29,6 bilhões. No trimestre, a perda acumulada foi de R$ 12,2 bilhões, e, em 12 meses, a captação líquida ficou negativa em R$ 165,2 bilhões. Entre os 16 tipos de renda fixa, apenas três apresentaram resultado positivo. A maior saída foi no tipo duração baixa grau de investimento, com R$ 15,1 bilhões. Também houve retiradas líquidas nos tipos mais representativos em patrimônio líquido, como o duração livre soberano (R$ 5,2 bilhões) e o de grau de investimentos (R$ 5,5 bilhões).
Os multimercados registraram resgates líquidos de R$ 10,3 bilhões, com saída concentrada no tipo multimercados investimentos no exterior da ordem de R$ 8,9 bilhões.No ano e em 12 meses, a captação líquida acumulada ficou negativa em R$ 37,4 bilhões e R$ 85,3 bilhões, respectivamente.
No segmento de ações, houve saídas líquidas de R$ 8 bilhões, boa parte concentrada no tipo ações livre, que apresentou perda líquida de R$ 6,5 bilhões em março. No ano e em 12 meses, a perda foi de R$ 23,9 bilhões e R$ 20,4 bilhões, nesta ordem.
Entre os tipos com patrimônio líquido mais significativo na renda fixa, o duração baixa soberano e o duração baixa grau de investimento avançaram 1,09% e 1,12% respectivamente. Já o duração livre soberano e o grau de investimento valorizaram, nesta ordem, 1,33% e 1,24%. Nos multimercados, o tipo livre rendeu 0,46%. No segmento de ações, todos os tipos registraram variação mensal negativa. O tipo mais representativo, ações livres, recuou 3% em março.
Emerson Lopes / Agência CMA
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