O dólar à vista iniciou o dia em alta, atingindo R$ 4,96, mas perdeu força no decorrer da manhã e encerrou em baixa, cotado a R$ 4,9156, apresentando uma queda de 0,44%. O real destacou-se entre as moedas emergentes, tendo o melhor desempenho, seguido pelo peso mexicano.
O mercado de câmbio brasileiro foi influenciado pelo enfraquecimento do dólar no exterior e pelo recuo das taxas dos Treasuries. O comportamento dos ativos no cenário internacional continuou a guiar os negócios, especialmente após o comunicado do Copom, que cortou a Selic para 11,25%.
Preocupações com bancos regionais americanos
Após declarações de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, sobre a improvável redução de juros em março, preocupações surgiram em relação à saúde financeira de bancos regionais americanos. O NYCB, que reportou prejuízo inesperado, teve ações afetadas, gerando temores de perdas expressivas no setor imobiliário.
Powell esfria expectativas de corte
O Federal Reserve anunciou a manutenção da taxa de juros, com Powell destacando a necessidade de mais confiança no processo de desinflação antes de reduzir os juros. As palavras do presidente esfriaram apostas em cortes no primeiro trimestre, com a maioria apontando para maio.
Análise de especialista
Especialistas, como Marco Maciel, economista-chefe do Banco Fibra, apontam para uma perspectiva de valorização das bolsas globalmente e apreciação de moedas desenvolvidas e emergentes em relação ao dólar. Maciel prevê um fortalecimento do real, alcançando R$ 4,85 a R$ 4,90 a curto prazo.
Índices de gerentes de compras e expectativas para emprego nos EUA
Leituras dos índices de gerentes de compras (PMI) de dezembro superaram estimativas, evidenciando a resiliência da economia americana. Por outro lado, os números de pedidos semanais de auxílio-desemprego aumentaram mais do que o esperado. A atenção agora se volta para o relatório de emprego (payroll) de janeiro.
Fluxo cambial
No Brasil, o Banco Central informou que o fluxo cambial foi positivo em US$ 1,509 bilhão na última semana de janeiro, com saldo positivo de US$ 6,355 bilhões no mês até o momento. Os aportes líquidos foram impulsionados pelo canal financeiro e pelo comércio exterior, contrastando com a saída líquida de US$ 12,997 bilhões em dezembro.