O dólar à vista apresentou queda na sessão desta terça-feira (6), após registrar dois pregões consecutivos de alta. O movimento de desvalorização foi influenciado pelo comportamento da moeda americana no mercado internacional.
O aumento do apetite ao risco, impulsionado pela perspectiva de estímulos ao consumo e ao mercado acionário na China, juntamente com o recuo das taxas dos Treasuries, abriu espaço para ajustes e uma leve realização de lucros no mercado doméstico de câmbio.
Com variação entre R$ 4,9512 e R$ 4,9809 ao longo do dia, o dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,39%, cotado a R$ 4,9622. No entanto, nos quatro primeiros pregões de fevereiro, a moeda ainda acumula uma valorização de 0,50%. O contrato de dólar futuro para março teve um giro razoável, ultrapassando US$ 13 bilhões.
Ata do Copom reforça expectativa de cortes na taxa Selic
A divulgação da ata do último encontro do Copom na semana passada reforçou a perspectiva de mais cortes na taxa Selic em 0,50 ponto porcentual nos próximos encontros do comitê do Banco Central. Este fato, somado às discussões em torno do Orçamento entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o governo Lula, foi monitorado pelos investidores, embora não tenha desempenhado um papel relevante na formação da taxa de câmbio.
Apetite por negócios e ajustes no mercado de câmbio
A economista Cristiane Quartaroli, do Ouribank, destaca que a possibilidade de a China adotar medidas para impulsionar sua economia aumentou o apetite ao risco, contribuindo para uma leve queda no câmbio. No entanto, a preocupação com as perspectivas de cortes nos juros pelo Fed, principalmente em junho, ainda está presente no radar dos investidores.
Índice DXY e comportamento dos Treasuries
O índice DXY, que reflete o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, trabalhou em leve queda ao longo do dia. Enquanto isso, as taxas dos Treasuries apresentaram uma queda generalizada, com o retorno da T-note de 10 anos recuando de 4,159% para menos de 4,10%.