A queda na produção de petróleo e gás natural da Petrobras (PETR3; PETR4) no segundo trimestre de 2024 pode resultar em resultados financeiros mais baixos para a companhia, segundo avaliação da XP Investimentos. No entanto, as projeções dão conta de que a estatal deve apresentar um retorno positivo aos acionistas.
Queda na produção da Petrobras era esperada
Segundo relatório da XP, a queda na produção da Petrobras era prevista com base nos dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm estimam que a produção menor pode impactar o Ebitda, que deve ficar entre US$ 10,69 bilhões (R$ 60,4 bilhões) e US$ 12,7 bilhões (R$ 71,7 bilhões), com um desvio padrão de 4,5%. O lucro líquido projetado é de US$ 146 milhões (R$ 825,2 bilhões).
A menor produção da Petrobras foi influenciada por paradas para manutenção e pela depreciação do real, que afetou os preços dos derivados em dólar. Esses fatores compensaram o aumento marginal do preço do Brent, segundo Regis Cardoso e Helena Kelm, analistas da XP.
Retorno aos acionistas
Apesar da previsão de resultados financeiros mais fracos, a XP estima que o fluxo de caixa para os acionistas será de US$ 3,7 bilhões (R$ 20,91 bilhões), correspondendo a um rendimento trimestral de 4%. Esse valor foi prejudicado pelas saídas de caixa decorrentes de um acordo fiscal. Os dividendos são projetados em US$ 2,7 bilhões (R$ 15,26 bilhões), equivalente a um rendimento trimestral de 3,2%.
Imagem: Divulgação