A Azzas 2154 (AZZA3), varejista de moda formada pela fusão entre Grupo Soma e Arezzo&Co, registrou um lucro líquido recorrente de R$ 117,7 milhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado representa um crescimento de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e ficou acima das projeções dos analistas, que projetavam R$ 79 milhões.
Segundo a companhia, o lucro líquido do trimestre foi impulsionado por um aumento de 24,8% no lucro operacional, efeito parcialmente compensado pela base de comparação mais favorável na alíquota de imposto de renda e contribuição social no primeiro trimestre de 2024.
Após a divulgação dos resultados, os papéis AZZA3 dispararam 18.28%, negociados a R$ 37,26 na B3, às 12h39 (horário de Brasília).
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Ebitda cresce 23,3% e margem melhora
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 427,7 milhões entre janeiro e março, com alta de 23,3% sobre o primeiro trimestre de 2024. A margem Ebitda passou de 14,7% para 15,9%.
O resultado operacional da Azzas também superou as previsões do mercado, de R$ 373 milhões.
Receita da Azzas aumenta com foco no core business
A receita bruta da companhia totalizou R$ 3,26 bilhões, alta de 16,1% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. O cálculo exclui marcas descontinuadas como Dzarm, Reversa e Simples.
- Vestuário masculino: faturamento de R$ 360,6 milhões e crescimento de 12,6% em relação ao 1º trimestre de 2024
- Vestuário feminino: faturamento de R$ 1,24 bilhão, com alta de 27,1% no comparativo anual
- Calçados e acessórios: receita bruta de R$ 1,04 bilhão e crescimento de 4,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior
- Vestuário democrático (inclui Hering): faturamento de R$ 616,1 milhões, com avanço de 19,4% em relação ao 1º trimestre de 2024
Desde o fim de 2024, a Azzas vem promovendo uma reestruturação em seu portfólio. A empresa avalia estratégias para as marcas BAW, Paris-Texas e TROC, que juntas representaram um faturamento bruto de cerca de R$ 411 milhões nos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2024.
Esse valor corresponde a aproximadamente 3% do faturamento bruto da companhia.
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Reorganização de marcas e realocação estratégica
Outras mudanças incluem a transformação das marcas Brizza e Fábula em categorias de produto dentro das marcas Arezzo e Farm, respectivamente.
Além disso, Carol Bassi e Foxton foram realocadas nas unidades de negócio de vestuário feminino e masculino. A empresa informou que as alterações foram baseadas em análises sobre potencial de crescimento, retorno sobre capital empregado, geração de caixa e alocação eficiente de recursos.
