A Gafisa emitiu comunicado reiterando a invalidade da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) convocada pelo acionista Esh Theta para 18 de março. A companhia destaca que a AGE convocada para 26 de abril, a pedido da Esh, é a data válida para a reunião, conforme documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em resposta à solicitação da Esh, a CVM pediu uma manifestação da Gafisa sobre o caso. A gestora Esh Capital alega que a AGE convocada pela empresa foi agendada em prazo superior aos 21 dias mínimos previstos no artigo 124 da Lei das S.A. e aos 30 dias estabelecidos para adiamento de assembleia geral extraordinária por insuficiência de informações, conforme Resolução da CVM nº 81/2022.
O gestor da Esh Capital, Vladimir Timerman, contestou a posição da Gafisa, apontando que a legislação não menciona que 21 dias seja o prazo mínimo para convocação. Ele destacou a intenção da AGE convocada pela Esh de trocar a administração da empresa, alegando que o empresário Nelson Tanure exerce controle por meio de veículos de investimento cuja titularidade é omitida do mercado.
Caso se confirme que os veículos sob comando de Tanure detêm mais de 30% na companhia, seria necessária a realização de uma oferta pública de aquisição (OPA). A disputa entre acionistas pela gestão da Gafisa pode ter impactos significativos no cenário financeiro da empresa e interesses dos investidores.
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