O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para as ações da Veste (VSTE3), estabelecendo um preço-alvo de R$ 24,00. A análise se baseia em diversos critérios, considerando o desempenho recente da empresa no mercado de moda e varejo. A recomendação ocorre mesmo diante de resultados trimestrais aquém das expectativas, indicando confiança na capacidade da Veste de se ajustar estrategicamente e superar desafios.
A Veste, anteriormente conhecida como Restoque, tem mantido uma estratégia de redução de vendas promocionais e ajustes de preços para minimizar conflitos entre canais e posicionar suas marcas de maneira mais eficaz. Apesar da receita líquida de R$ 282 milhões representar um aumento de 2% em relação ao ano anterior, ficou 4% abaixo do esperado. A reestruturação, principalmente nas marcas B2B e John John, impactou negativamente os resultados.
No entanto, o BTG destaca a resiliência da Veste, evidenciada pelo crescimento consolidado de Same Store Sales (SSS) de 6,8% ao ano, com Le Lis Blanc apresentando expansão sólida de 13% em SSS. A recomendação de compra também leva em conta o posicionamento estratégico da empresa em nichos sofisticados no mercado de moda brasileiro.
Veja os destaques do balanço da Veste
A Veste encerrou o quarto trimestre com uma série de dados relevantes, revelando aspectos positivos e desafios a serem superados. A receita líquida, apesar do crescimento consolidado de SSS, foi impactada pelas reestruturações em andamento na John John e no canal B2B.
No segmento B2C, Le Lis Blanc e Bo.Bô apresentaram sólido desempenho com expansões de SSS de 13% e 10% ao ano, respectivamente. Por outro lado, Dudalina registrou um SSS estável, enquanto a John John enfrentou uma queda de 10% devido à reestruturação em curso. No ambiente B2B, as vendas tiveram uma queda de 16% ao ano, influenciadas pela maior participação das vendas Dudalina e Individual, agravadas pelo desempenho fraco da John John no canal.
Apesar dos desafios, a Veste manteve uma margem bruta estável, com lucro bruto de R$ 190 milhões, representando um aumento de 1,5% ao ano. O EBITDA ajustado foi de R$ 61 milhões, gerando uma margem de 21,8%. O lucro líquido ajustado ficou em R$ 20 milhões, superando as projeções devido à depreciação abaixo do esperado. A empresa encerrou o quarto trimestre com uma dívida líquida de R$ 124 milhões, representando 0,8x dívida líquida/EBITDA ajustado.