A Sigma Lithium, mineradora comandada pela brasileira Ana Cabral-Gardner, anunciou que obteve US$ 90 milhões em novos financiamentos com bancos, visando expandir suas operações em Minas Gerais. Os créditos foram obtidos junto ao Citi (US$ 50 milhões), Santander (US$ 20 milhões), Banco do Brasil (US$ 10 milhões) e XP (US$ 10 milhões), com taxas médias de juros de 11%.
Atuação no Vale do Jequitinhonha
A empresa, conhecida por seu papel na transição energética, explora o lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, com métodos de extração de menor impacto ambiental. O metal é utilizado na produção de baterias para veículos elétricos. Com a nova linha de financiamento, a Sigma Lithium pretende ampliar sua capacidade de produção em aproximadamente 240 mil toneladas, totalizando cerca de 510 mil toneladas ao ano.
Financiamentos
Em comunicado, a presidente da companhia, Ana Cabral-Gardner, destacou que os financiamentos de prazo mais longo ampliam a flexibilidade de financiamento da empresa, especialmente em vista da decisão final sobre a construção da segunda linha de produção greentech.
Aumento nas reservas
Recentemente, a Sigma Lithium anunciou um aumento de 27% nas reservas de lítio no projeto Grota do Cirilo, no Vale do Jequitinhonha, para um potencial de até 150 milhões de toneladas, o que a colocaria como a quarta maior do mundo nesse segmento.
Empresa com ações na Nasdaq
A empresa, que abriu capital na Bolsa do Canadá e tem ações negociadas na Bolsa Nasdaq, nos Estados Unidos, enfrentou uma queda de cerca de 60% no valor de suas ações este ano, devido à retração nas cotações do lítio. No entanto, desde sua estreia no mercado de capitais, em 2018, os papéis da companhia tiveram uma valorização significativa.
Prejuízo
Apesar do crescimento nas receitas, que somaram US$ 130 milhões (R$ 650 milhões) de janeiro a setembro de 2023, a Sigma Lithium ainda registra prejuízo. A empresa também anunciou que está em processo de revisão estratégica e poderia colocar uma fatia ou até mesmo a totalidade do negócio à venda para um novo sócio, com potenciais interessados como a montadora chinesa BYD e a Volkswagen.
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