Comprar um imóvel em leilão pode parecer uma oportunidade única de pagar menos, mas o valor do lance nem sempre reflete o custo real da aquisição. Para evitar prejuízos, o comprador precisa analisar fatores jurídicos, financeiros e estruturais que influenciam o preço final.
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Por que o valor de um imóvel em leilão pode parecer tão baixo?
Os imóveis vão a leilão geralmente por inadimplência, e o objetivo é recuperar o crédito de forma rápida, o que explica os preços abaixo do mercado. Contudo, o valor de arremate não representa o custo total, já que existem encargos e riscos que o comprador precisa considerar.
Além do preço, é necessário observar débitos pendentes e possíveis custos de regularização. Imóveis ocupados, por exemplo, podem exigir ações judiciais e despesas adicionais até a desocupação.
Em muitos casos, o preço baixo serve apenas como atrativo, e o comprador desinformado pode acabar gastando mais do que o esperado com taxas, impostos e processos.

Quais fatores devem ser considerados no cálculo do valor real?
O valor real de um imóvel de leilão é composto pelo lance arrematado somado a todas as despesas obrigatórias. Isso inclui custos tributários, taxas administrativas e possíveis dívidas associadas ao bem.
Entre os principais itens que devem ser incluídos no cálculo estão:
- ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis);
- Custas cartorárias de registro e escritura;
- Comissão do leiloeiro, geralmente entre 5% e 10% do lance;
- Débitos de condomínio e IPTU;
- Custos de desocupação judicial, quando houver ocupantes.
Portanto, o preço final pode ultrapassar em até 30% o valor inicial do lance, especialmente em casos de imóveis com pendências legais.
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Como identificar se o imóvel está realmente abaixo do valor de mercado?
Para saber se o desconto é real, o comprador deve comparar o valor de arremate com imóveis semelhantes na mesma região. É recomendável usar plataformas de avaliação e consultar corretores locais para uma estimativa justa.
Também é importante verificar a avaliação constante no edital, que serve como base para o lance mínimo. No entanto, essa avaliação pode estar desatualizada ou não refletir as condições atuais do imóvel.
Uma boa prática é calcular o preço por metro quadrado e comparar com o mercado local. Caso a diferença ultrapasse 40%, é sinal de que há riscos ou pendências que justificam o preço reduzido.
No vídeo “Como saber se um imóvel está caro ou barato? Saiba analisar”, o Portal VGV explica de forma simples como avaliar o preço justo de um imóvel. A análise aborda fatores como localização, padrão construtivo e valor de mercado para evitar decisões precipitadas na compra.
Qual é a diferença entre valor aparente e valor real do imóvel?
O grande desafio está em compreender que o valor aparente (o do lance) não corresponde ao valor real de aquisição. O cálculo correto depende da soma de todos os custos adicionais e do estado jurídico e físico do bem.
A tabela abaixo mostra um comparativo prático entre o valor aparente e o valor real de um imóvel arrematado em leilão:
| Elemento Avaliado | Valor Aparente (Lance) | Valor Real (Custo Final) | Comentário Prático |
|---|---|---|---|
| Preço inicial do lance | R$ 200.000 | R$ 200.000 | Valor que atrai o comprador no edital |
| Comissão do leiloeiro | — | +R$ 14.000 (7%) | Custo obrigatório após arremate |
| ITBI e registro | — | +R$ 8.000 | Impostos e taxas legais |
| Débitos de condomínio e IPTU | — | +R$ 12.000 | Dívidas transmitidas ao comprador |
| Desocupação e reparos | — | +R$ 25.000 | Custos para tomar posse e reformar |
| Total estimado | R$ 200.000 | R$ 259.000 | Diferença de 29,5% sobre o valor inicial |
Nos leilões extrajudiciais regidos pela Lei nº 9.514/97, o processo tende a ser mais rápido, mas os custos acessórios continuam sendo determinantes para o valor final.
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Quais documentos ajudam a calcular o valor real do imóvel?
Antes de participar de um leilão, é essencial analisar documentos que fornecem informações técnicas e jurídicas sobre o imóvel. Eles ajudam a identificar pendências e compor uma estimativa mais precisa do custo total.
Os principais documentos são:
- Matrícula atualizada do imóvel no cartório de registro;
- Edital do leilão, que detalha regras, prazos e débitos;
- Auto de penhora ou contrato de alienação fiduciária, conforme o tipo de leilão;
- Laudo de avaliação, quando disponível;
- Certidões negativas de débitos municipais e judiciais.
Esses dados permitem verificar se há penhoras, ocupações ou outras restrições. A consulta pode ser feita diretamente nos sites de tribunais estaduais (como os domínios .jus.br) e nos portais de leilões da Caixa Econômica Federal.
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