Os principais índices de ações na Europa fecharam em queda nesta terça-feira (3), refletindo a baixa nos preços das commodities e a cautela dos investidores diante da divulgação de importantes indicadores econômicos dos Estados Unidos ao longo da semana.
Desempenho das principais bolsas da Europa
No fechamento desta terça-feira, os principais índices europeus registraram as seguintes variações:
- FTSE-100 (Londres): -0,78%, 8.298,46 pontos
- DAX-30 (Frankfurt): -0,89%, 18.756,47 pontos
- CAC-40 (Paris): -0,93%, 7.575,10 pontos
- FTSE MIB (Milão): -1,33%; 33.863,0 pontos
- IBEX-35 (Madri): -1,02%, 11.279,20 pontos
- SMI-20 (Zurique): -0,83%, 12.348,19 pontos
- PSI-20 (Lisboa): -0,99%, 6.706,82 pontos
Queda no setor de petróleo e gás
O setor de petróleo e gás foi um dos mais afetados, com o índice Stoxx 600 de Petróleo e Gás da Europa caindo 2,6%.
As ações das principais empresas do setor registraram perdas significativas: a Shell e a BP, do Reino Unido, recuaram 2,5% e 3%, respectivamente, enquanto a TotalEnergies, da França, caiu 2,8%. Outras grandes empresas do setor, como Equinor, Eni, Repsol, OMV e Galp, também fecharam em baixa.
Esse movimento é reflexo das crescentes preocupações com a demanda global, especialmente diante de sinais de que a economia chinesa pode não alcançar sua meta de crescimento de cerca de 5% do PIB em 2024.
A China, sendo um dos maiores consumidores de commodities do mundo, tem um impacto direto nos preços globais desses ativos, o que afeta as receitas das grandes empresas de energia.
Expectativa com indicadores dos EUA
A queda nos mercados europeus segue uma tendência similar observada nos Estados Unidos, onde as ações também recuaram após o feriado do Dia do Trabalho.
Com o retorno dos traders, o foco agora se volta para os dados econômicos dos EUA, que serão divulgados ao longo da semana, incluindo o índice de gerentes de compras (PMI), pedidos de fábrica, seguro-desemprego e a folha de pagamento não agrícola (payroll) de agosto.
Esses dados são cruciais para os investidores, pois podem influenciar a próxima decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, sobre cortes nas taxas de juros.
De acordo com os dados da CME, há uma probabilidade de 63% para um corte de 0,25 ponto percentual (pp) e 37% para um corte de 0,5 pp na próxima reunião do Fed. A expectativa é de que o Fed continue com cortes ao longo de 2025, com uma redução acumulada de até 2 pp.
Grupo CMA
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