A inflação mundial está experimentando uma queda mais acentuada do que o previsto, de acordo com a mais recente atualização do relatório “Perspectivas da Economia Mundial” divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quarta-feira. Os analistas apontam para o reequilíbrio das cadeias produtivas, além do relaxamento do mercado de trabalho e a contenção do crescimento salarial como os principais impulsionadores desse movimento.
Projeções do FMI
O FMI prevê que aproximadamente 80% dos países em todo o mundo terão índices inflacionários mais baixos em 2024 do que em 2023. Isso reflete uma tendência global de redução da inflação, com a taxa anual projetada para cair de 6,8% no ano passado para 5,8% neste ano, permanecendo inalterada em relação à estimativa de outubro.
Desinflação rápida em economias desenvolvidas
O FMI destaca que o processo de desinflação será mais pronunciado em economias desenvolvidas. A previsão é de que a inflação anual nessas economias diminua de 4,6% em 2023 para 2,6% em 2024, uma redução de 0,4 ponto percentual em comparação com as projeções anteriores. Para 2025, a expectativa é que a taxa inflacionária atinja 2,0%.
Economias emergentes
No caso das economias emergentes, o FMI projeta um aumento na inflação para 8,1% em 2024, um acréscimo de 0,3 ponto percentual em relação às estimativas de outubro. No entanto, as projeções para 2025 indicam uma reversão dessa tendência, com a expectativa de uma queda para 6,0%.
Políticas monetárias restritivas e mercado de trabalho
Segundo o FMI, os fatores que impulsionam a descida da inflação variam entre os países, refletindo geralmente políticas monetárias ainda restritivas, afrouxamento do mercado de trabalho e efeitos de quedas nos preços relativos da energia.
Meta de inflação
Entre os países cujos bancos centrais adotam metas de inflação, espera-se que os índices de preços estejam 0,6 ponto percentual acima da média no quarto trimestre de 2024. Isso representa uma significativa redução em comparação ao final de 2023, onde a distância era de 1,7 ponto percentual.
Imagem: Piqsels