O Congresso Nacional do Povo da China, que se reúne em Pequim nesta terça-feira (05), será marcado pela busca de soluções para reavivar a economia do país, que enfrenta desafios como envelhecimento da força de trabalho, tensões com os EUA e crise no mercado imobiliário.
A economia chinesa enfrenta um cenário complexo, com a força de trabalho envelhecendo e a construção civil em crise, afetando um dos principais motores econômicos do país. Após o fim dos severos protocolos de controle durante a pandemia, as esperanças de uma recuperação forte e liderada pelo consumidor não se concretizaram.
O investimento direto de empresas estrangeiras na China caiu cerca de 80% no ano passado, e os governos locais estão com dificuldades devido a trilhões de dólares em dívidas. Diante desse cenário, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, deve anunciar uma meta oficial de crescimento econômico no início do Congresso Nacional, com previsões apontando para cerca de 5%, enquanto muitos economistas esperam um crescimento mais lento, de 4% ou menos.
O relatório anual de Li também incluirá planos para promover o desenvolvimento de alta qualidade e o avanço da modernização chinesa, o que pode significar mais gastos do governo, de acordo com o Rhodium Group, uma empresa de pesquisa independente.
Para resolver o problema da demanda doméstica impulsionada pelo consumo, especialistas sugerem uma maior redistribuição de renda pelo governo. Além disso, algumas localidades chinesas estão criando programas de habitação a preços acessíveis, que podem combater a crescente desigualdade e liberar mais renda para gastos.
O Congresso Nacional do Povo da China será um momento crucial para definir os rumos da economia do país nos próximos anos, e investidores estão atentos às medidas que serão anunciadas, que poderão impactar diretamente o mercado financeiro e as oportunidades de investimento no país asiático.
Imagem: Piqsels