Entenda tudo o que vai movimentar o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta segunda-feira (09), com o podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
Após uma semana marcada pela frustração com os dados de emprego nos Estados Unidos (payroll), os mercados globais iniciam a segunda-feira em busca de recuperação. O indicador divulgado na última sexta-feira veio abaixo das expectativas, gerando pessimismo entre investidores, especialmente no Brasil e nos EUA.
Futuro dos mercados
Os índices futuros dos EUA mostram sinais positivos antes da abertura dos pregões. O Dow Jones futuro opera em alta de 0,41%, o S&P 500 de 0,55%, e o Nasdaq de 0,75%.
Já as bolsas asiáticas tiveram uma madrugada negativa, com Xangai registrando queda de 1%, Nikkei (Japão) caindo 0,48%, e Hong Kong recuando 1,42%. Esse movimento reflete o primeiro ajuste dos mercados asiáticos após o payroll.
Na Europa, as bolsas mostram um tom mais otimista, com o Reino Unido em alta de 0,47% e a Alemanha subindo 0,44%, indicando uma tentativa de recuperação.
Impacto do payroll nos mercados
O payroll, que mede a criação de empregos nos EUA, é um dos principais indicadores econômicos globais, impactando diretamente as expectativas de juros.
Dados mais fracos do que o esperado indicam um enfraquecimento da economia americana, o que aumenta as chances de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Essa possibilidade traz volatilidade aos mercados, já que afeta tanto o câmbio quanto as estratégias de investimento de curto prazo.
Expectativas para o Brasil: Boletim Focus
No Brasil, o Boletim Focus divulgado hoje revisou importantes indicadores. O PIB projetado para 2024 passou de 2,46% para 2,68%, mostrando um otimismo moderado dos economistas. Já a inflação, medida pelo IPCA, subiu de 4,26% para 4,30%.
A taxa básica de juros (SELIC), que já vinha sendo tema de discussão, foi revisada de 10,5% para 11,25%, indicando que o Banco Central deve manter uma postura de aperto monetário.
Essas revisões podem impactar diretamente setores como o consumo interno e o mercado de crédito, além de influenciar a atratividade de investimentos em renda fixa, que tendem a se beneficiar de uma SELIC mais alta.
China: aguardando dados da balança comercial
Outro ponto de atenção para os investidores nesta semana será a divulgação dos dados da balança comercial e produção industrial da China.
A economia chinesa é crucial para empresas brasileiras como Vale e Klabin, grandes exportadoras para o gigante asiático. Dados positivos podem trazer alívio ao mercado, impulsionando ações de empresas com forte exposição à China.
Expectativas para o Fed
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam a próxima reunião do Federal Reserve, marcada para a semana que vem. Há uma expectativa de corte de 25 pontos percentuais na taxa de juros. Até lá, o Fed entra em período de silêncio, o que deixa os mercados em modo de espera.
No Brasil, há também uma forte expectativa em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), com muitos economistas apostando em um aumento da taxa de juros.