A Bolsa de Valores brasileira (B3) superou as quedas subsequentes e iniciou o mês de outubro em alta, registrando uma valorização de 0,5%, alcançando 132 mil pontos no início do pregão, impulsionada pelo excelente de desempenho das ações da Petrobras e da Vale, que valorizaram com a escalada no petróleo frente ao aumento dos conflitos no Oriente Médio.
No mercado internacional, a escalada das tensões no Oriente Médio segue em destaque. As bolsas de Nova York seguiram na contramão do mercado brasileiro, sentindo forte o impacto negativo da alta do petróleo. O índice Nasdaq fechou ontem com queda de 1,5%, refletindo o receio dos investidores sobre a possível interrupção do fluxo de petróleo.
O mercado aguarda com expectativa a divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano e os discursos dos membros do Federal Reserve (Fed). Na Ásia, as bolsas na China continuam fechadas em função dos feriados da Golden Week.
No Brasil, o real apresenta ganhos após a Moody’s elevar a nota de crédito do Brasil, em meio à alta de 3% no petróleo. No exterior, a moeda sobe com guerra e dados do mercado de trabalho.
Manchetes desta manhã
- Moody’s eleva nota e Brasil fica próximo do grau de investimento (Valor)
- X afirma que pagará multas exigidas e Moraes libera contas bancárias da rede (Folha)
- Fazenda divulga lista com 192 bets liberadas para funcionar no Brasil (Estadão)
- Aneel aprova venda de distribuidora à Âmbar, mas com custo maior à J&F (Estadão)
- Na reta final, a tensão na cúpula da Americanas (Valor)
- Governo divulga lista das bets em situação regular (Valor)
- Meta firma acordo de compartilhamento de dados com bancos do Reino Unido para combater golpes (CNBC)
- Ações de Hong Kong sobem mais de 6% no sexto dia consecutivo de ganhos (CNBC)
- China diz que entrou com recurso na OMC sobre tarifas do Canadá em veículos elétricos e metais (CNBC)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda, mas as perdas são limitadas pelo setor de energia, que tem sua melhor sessão em mais de cinco meses, com o petróleo subindo em meio aos conflitos no Oriente Médio.
Na zona do euro, a taxa de desemprego ficou em 6,4% em agosto, estável na comparação com julho e em linha com o esperado pelo mercado.
Na Ásia, o índice Hang Seng subiu mais de 6% após voltar do feriado, reagindo aos estímulos de Pequim para reativar a maior economia asiática, apesar do fator geopolítico derrubando o índice Nikkei no Japão. Os mercados na China permanecem fechados em função dos feriados da Golden Week.
Em Nova York, O S&P 500 futuro cai 0,2%, Stoxx Europe opera estável e o Nikkei fechou em baixa de 2,2%
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,2%
• STOXX 600 estável
• FTSE 100 +0,2%
• Nikkei 225 -2,2%
• MSCI EM +1,2%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +3,2bps a 3,7638%
• Petróleo WTI +3,3% a US$ 72,13 barril
• Futuro do minério em Singapura estável a US$ 108,05
• Bitcoin +1,2% a US$ 61515,75
Commodities
- Petróleo: dispara com alta de 3% diante da escalada das tensões no Oriente Médio. O brent/dez subia há pouco a US$ 75,03 (+2,88%) e o WTI/nov, a US$ 72,01 (+3,12%).
- Minério de ferro: atua misto em Singapura com os contratos futuros a +0,09%, cotado a US$ 108,00,00/ton e o mercado à vista em -0,08% cotado a US$ 108,15/ton.
Escalada do preço do petróleo
O petróleo, que já vinha em alta, disparou mais de 5% com a intensificação do conflito no Oriente Médio. O aumento foi impulsionado pelos ataques do Irã a Israel e a expectativa de retaliações israelenses, gerando preocupações sobre o impacto na distribuição global de petróleo e pressionando ainda mais os preços da commodity.
Nos Estados Unidos, o aumento das tensões afetou as bolsas, principalmente o índice Nasdaq, que encerrou o dia com queda de 1,5%.
Cenário internacional
O destaque da agenda de hoje foi a divulgação do relatório de empregos do setor privado dos EUA de setembro, o ADP, às 9h15.
Logo mais, às 11h, os compromissos do dia seguem com discursos de alguns membros do Fed, como Alberto Musalem, Michelle Bowman e Thomas Barkin.
Cenário nacional
A agência de classificação de risco, Moody’s, elevou a nota de crédito soberano do Brasil de Ba2 para Ba1, a um passo do grau de investimento, gerando uma queda nos juros futuros no Brasil e melhora do otimismo no mercado financeiro.
Em NY, o EWZ, principal ETF brasileiro negociado por lá, subiu cerca de 1% no after hour. A expectativa é que essa melhora possa trazer impactos positivos para o dólar e as ações ao longo dos próximos dias.
Às 9h, o IBGE divulgou a produção industrial de agosto, com projeção do BTG Pactual de uma queda de 0,30% na comparação mensal e alta de 1,50% na anual. Em julho, a produção industrial recuou 1,40% m/m e avançou 6,10% a/a.
Logo mais, às 15h, o Tesouro Nacional deve realizar a coletiva de imprensa sobre o Relatório Mensal da Dívida de agosto.
Encerrando a agenda do dia, às 20h, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de evento.
Ontem à noite, o ministério da Fazenda divulgou a lista nacional de 89 empresas com 192 bets (marcas) autorizadas a operar no Brasil. As permissões são válidas até 31 de dezembro, quando uma nova lista definitiva deve ser divulgada com as autorizações a partir de janeiro de 2025.
No mercado financeiro, ontem o dólar subiu 0,3%, a R$ 5,46 e o Ibovespa valorizou 0,51%, aos 132.495 pontos, com a escalada nos conflitos no Oriente Médio após o ataque do Irã a Israel. Os futuros do petróleo subiram mais de 2% e, junto, as ações da Petrobras valorizaram quase 3%.
Destaques no mercado corporativo
- Sabesp: o conselho de administração da empresa elegeu Alexandre Gonçalves Silva como novo presidente do colegiado e Daniel Szlak como diretor-financeiro.
- Petrobras: passa a ter participação de 10% no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB) na África do Sul.
- Raízen: investirá R$ 1,2 bilhão em nova unidade de produção de etanol de segunda geração (E2G) em Jataí (GO).
- Cosan: teve sua perspectiva de crédito elevada pela Moody´s, de negativa para estável.
- Agrogalaxy: teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça de Goiás.
- Eneva: protocolou na CVM pedido de OPA de 228,571 milhões de ações ordinárias, totalizando R$ 3,2 bilhões.
- Multiplan: fará emissão de R$ 1,8 bilhão em debêntures.
- Americanas: concluiu a oferta pública de debêntures exclusiva para credores no valor de R$ 1,63 bilhão.
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