A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta segunda-feira (9) em alta de 1%, aos 127.210 pontos, impulsionada pelas medidas monetárias da China, que empurraram o setor de mineração e siderurgia. No mês, o índice Ibovespa acumula alta de 1,23% e registra perda de 5,20% no ano.
No Brasil, atenção voltada à saúde do presidente Lula, que foi operado às pressas na madrugada desta terça-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, para drenagem de um hematoma. Segundo boletim médico e reportagem do G1, o presidente segue internado na UTI e ‘encontra-se bem’.
Entre os indicadores econômicos, destaque para o IPCA, divulgado às 9h desta terça-feira (10), que apresentou alta de 0,39%, acima da mediana de +0,36%; frente ao registrado em outubro, de +0,56%.
O Copom também segue em foco, com o primeiro dia de reunião em meio a uma virada do mercado, que disparou para 80% as chances de aumento de 100pbs da taxa básica de juro, com investidores atentos ao cenário fiscal.
O mercado internacional, nos EUA, a expectativa é pelo CPI, amanhã, que deve reforçar a aposta em queda de 25pbs do juro no Fomc dia 18. O cenário externo também está atento às tensões geopolíticas na Europa e no Oriente Médio.
Manchetes desta manhã
- Condições financeiras pioram e ameaçam o ritmo de atividade econômica em 2025 (Valor)
- Lula promete liberar emendas após ameaças ao pacote fiscal (Folha)
- Estudamos os erros da Enel, afirma novo CEO da Sabesp (Folha)
- Mudanças em relatório no Senado elevam alíquota do IVA a 28,1% (Estadão)
- Sabesp contratou 25% das obras em 60 dias (O Globo)
- Relatório da Reforma Tributária inclui armas no ‘imposto do pecado’ (O Globo)
- Após romper 555 contratos com grandes consumidores, Sabesp discute nova política de descontos aos clientes de maior porte (Valor)
- Processo na CVM apura denúncias contra ex-CFO do Itaú Unibanco (Valor)
- Exclusivo: Boeing reinicia produção do 737 MAX um mês após o fim da greve, dizem fontes (Reuters)
- Importações da China em novembro registram queda surpreendente; maior declínio em 14 meses (CNBC)
- Ações da Oracle caem com lucros e receitas abaixo do esperado e guidance decepcionante (CNBC)
- CATL da China construirá fábrica de baterias de US$ 4,3 bilhões com Stellantis em expansão europeia (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa operam em queda após oito sessões de ganhos, com expectativa sobre o relatório de inflação dos EUA, previsto para amanhã. Após dados comerciais fracos da China, os índices registram perdas nas ações de mineradoras. As ações de luxo, que obtêm parte de sua receita da China, também estão em queda. LVMH e Kering recuam entre 1% e 2%, derrubando o CAC 40 da França.
Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente em alta com sinais de apoio ao mercado da China. Após quatro dias de perdas, o índice Kospi registrou forte alta, após o governo revelar planos de injetar recursos no mercado acionário local até o final desta semana.
Em Nova York, o S&P 500 futuro opera estável, Stoxx Europe cai 0,2%, o Nikkei fechou em alta de 0,5% e o Shanghai +0,6%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro estável
• STOXX 600 -0,2%
• FTSE 100 -0,6%
• Nikkei 225 +0,5%
• Shanghai SE Comp. +0,6%
• MSCI EM -0,2%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos +1bps a 4,2108%
• Petróleo WTI -0,5% a US$ 68 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,2% a US$ 105,55
• Bitcoin +0,8% a US$ 97663,63
Commodities
- Petróleo: em queda antes do Fed, mas postura política da China controla perdas. O brent/fev cai 0,19%, a US$ 72,00 e o WTI/jan, recua 0,26%, a US$ 68,19.
- Minério de ferro: fechou em alta de 1,87% em Dalian na China, cotado a US$ 112,59/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,05%, cotado a US$ 105,55/ton. O mercado à vista está em queda de 0,47%, cotado a US$ 105,90/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o mercado está em compasso de espera pela divulgação sobre a inflação dos EUA, prevista para quarta-feira (11), a uma semana da decisão de juros do FOMC, no dia 18.
Na Europa, as atenções estão voltadas à decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira (12); enquanto na China, o foco é a divulgação dos dados comerciais, que mostram aumento das exportações em 6,7% em novembro, em base anual, e as importações recuando 3,9%, ante expectativa do mercado de alta de 8,4% e 0,8%, respectivamente.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia iniciou com a divulgação do IPCA de novembro e segue com a primeira reunião do Copom, cuja decisão sai amanhã, após o fechamento, e há expectativa de alta da Selic para 12,00% ou 12,25%. Será a última reunião do comitê com Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, que será assumido posteriormente por Gabriel Galípolo.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado convocou para hoje a leitura do parecer do projeto de lei de regulamentação da reforma tributária.
No mercado financeiro, ontem o dólar avançou 0,2%, a R$ 6,08, e o Ibovespa subiu 1%, aos 127.210 pontos, em meio ao anúncio de novos estímulos econômicos da China, que impulsionaram moedas e ações ligadas às commodities metálicas.
Destaques no mercado corporativo
- Klabin: realiza hoje encontro com analistas e investidores.
- Azzas 2154: está mexendo em 11 marcas, incluindo o encerramento da Alme, Dzarm, Reversa e Simples, segundo os sites Pipeline e Brazil Journal.
- Raízen: começa nos próximos dias um processo de enxugamento na estrutura executiva, com o corte de 25 a 30 executivos de um total de 90, segundo o colunista Lauro Jardim.
- Gol: irá protocolar plano inicial de reestruturação, que inclui aporte significativo de capital para fortalecer as operações.
- Natura&Co: aprovou o cancelamento do registro de companhia aberta no mercado americano.
- Direcional: assinou memorando de entendimento para venda de fatia de até 15% na Riva.
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