A taxa de desocupação no Brasil ficou em 6,5% no trimestre encerrado em janeiro de 2024, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das expectativas do mercado, que previa 6,6%, de acordo com o Termômetro Safras.
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População ocupada recua no trimestre
O número de pessoas sem emprego aumentou 5,3% em relação ao trimestre de agosto a outubro de 2023, totalizando 7,2 milhões. Apesar da alta no curto prazo, o contingente de desocupados caiu 13,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia 8,3 milhões de pessoas sem trabalho.
Já a população ocupada foi estimada em 103 milhões de pessoas, uma redução de 641 mil no trimestre (-0,6%). No entanto, na comparação anual, houve um crescimento de 2,4%, com a entrada de mais de 2,4 milhões de trabalhadores no mercado.
Variação nos setores formais e informais
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado manteve-se estável no trimestre, mas registrou alta de 3,6% na comparação anual, alcançando 39,3 milhões de pessoas. Já o número de empregados sem carteira assinada teve uma queda de 553 mil no trimestre, mas cresceu 3,2% no ano.
No setor público, houve redução de 2,8% no trimestre e aumento de 2,9% no ano. O trabalho doméstico recuou 2,4% no trimestre e permaneceu estável na comparação anual.
A taxa de informalidade, que mede a proporção de trabalhadores sem vínculo formal, foi de 38,3%, totalizando 39,5 milhões de informais. O índice era de 38,9% no trimestre anterior e de 39,0% no mesmo período do ano passado.
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Análise do mercado sobre o índice de Desemprego
Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital, destaca que a economia americana vem desacelerando em meio à política de aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Ele alerta que, apesar da leve alta do desemprego, a pressão inflacionária ainda persiste em setores como alimentos e serviços.
Para José Alfaix, economista da Rio Bravo, o mercado de trabalho mostra sinais de perda de fôlego. Segundo ele, o rendimento médio real dos trabalhadores, que vinha crescendo ao longo de 2024, registrou queda de 0,1% na base mensal, enquanto o rendimento efetivo caiu 0,5%.
Para Alfaix, esse dado reforça a desaceleração da economia e pode influenciar as próximas decisões de política monetária do Fed.