O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, atingiu o maior nível dos últimos sete meses na sessão desta quinta-feira (24), ao encerrar em alta de 1,79%, aos 134.580,43 pontos.
O desempenho do índice foi motivado por diversos fatores, como a trégua, ainda que momentânea, nas tensões entre EUA e China; o investimento de 600 bilhões de yuans na economia chinesa e o discurso do diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, favorável à manutenção ou queda da taxa de juros.
- 📌 VEJA TAMBÉM:
Selic a 14,25%: o que os grandes investidores estão fazendo agora
Live no dia 29/4, ao meio-dia, com especialistas da PhiCube, Wiser e Monitor do Mercado.
👉 Garanta sua vaga gratuita
No mercado internacional, a semana termina com um novo capítulo da guerra comercial, com a China desmentindo Trump, dizendo que não está negociando com o governo dos Estados Unidos. No entanto, analistas apostam que o presidente dos Estados Unidos deve ceder à pressão da China.
Ainda no contexto econômico, projeções de que Powell antecipará a queda dos juros para preservar os empregos dos EUA foram reforçadas pelo Fed boy, Christopher Waller, e trazem um clima mais otimista para a sessão desta sexta-feira (25).
No setor corporativo, destaque para os resultados da Alphabet, que garantiu um fechamento forte das bolsas em Nova York na sessão de quinta-feira.
No Brasil, destaque para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de abril (prévia da inflação brasileira), que registrou alta de 0,43%, dentro do esperado. Ano a ano, o indicador subiu 5,49%, também no consenso.
O resultado deve ajudar o mercado a direcionar as projeções para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 7 de maio.
Ainda em clima de incerteza, o dólar abriu estável e depois registrou alta de 0,25%, a R$ 5,70 acompanhando a recuperação global da moeda. O dólar futuro abriu em alta de 0,11%, a R$ 5,69 e os juros futuros de Jan/27 em diante, recuam na ponta mais curta; O Ibovespa futuro segue em queda de 0,16%, aos 136.835 pontos.
- Crédito com as menores taxas do mercado. Simule um empréstimo com home equity agora.
Manchetes desta manhã
- Empresas dos EUA começam a ser afetadas por tarifas de Trump (Valor)
- Moraes rejeita recursos e determina prisão do ex-presidente Collor (Folha)
- INSS baixou norma que o eximia nas fraudes; governo veta descontos (Estadão)
- Promotoria registra 1.120 processos sobre desconto previdenciário indevido (Folha)
- IPCA-15 desacelera alta para 0,43% em abril (Valor)
- China avalia isentar as tarifas de alguns produtos dos EUA (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam majoritariamente em alta, com a trégua na tensão entre Chin e EUA, impulsionando o sentimento dos investidores na zona do euro. No Reino Unido, confiança do consumidor caiu para o ponto mais baixo em mais de um ano.
No setor corporativo, as ações da Safran sobem 3,6% após a empresa reportar aumento maior do que o esperado na receita do 1º trimestre e expressar confiança no cumprimento das metas para o ano.
Os mercados da Ásia encerraram a semana em alta, também motivados pelo alívio nas tensões da guerra tarifária, na esteira das Bolsas de NY.
No Japão, o índice Nikkei subiu próximo de 2%, com apoio dos setores imobiliário, bancário e têxtil. Em Taiwan, a alta foi puxada por ações de semicondutores e componentes eletrônicos.
Em Nova York, os índices futuros abriram em alta, mas viraram para o negativo, após a China desmentir que estaria em negociação com os EUA.
Ajudados pelos resultados das techs, os mercados de NY encerraram o pregão de ontem em alta, pelo terceiro dia consecutivo.
Confira os principais índices do mercado:
- S&P 500 Futuro +0,1%
- STOXX 600 +0,4%
- FTSE 100 +0,1%
- Nikkei 225 +1,9%
- Shanghai SE Comp. -0,1%
- MSCI EM +0,3%
- Dollar Index +0,4%
- Yield 10 anos -1,2bps a 4,303%
- Bitcoin +0,4% a US$ 93783,06
Commodities
- Petróleo: cai e deve perder na semana por pressão da oferta. O brent/junho cai 1,20%, a US$ 65,75 e o WTI/junho recua 1,24%, a US$ 62,01, com a possibilidade de perdas semanais de 2%.
- Minério de ferro: fechou em queda de 1,87% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,30/ton. Em Singapura, os contratos futuros caem 1,06%, cotados a US$ 98,40/ton e o mercado à vista está negativo em 0,25%, cotado a US$ 99,85/ton.
- 📩 Os bastidores do mercado direto no seu e-mail! Assine grátis e receba análises que fazem a diferença no seu bolso.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, o presidente Donald Trump afirmou que a Casa Branca tem mantido conversas com a China para resolver a guerra comercial, sem dar mais detalhes. A declaração veio após Pequim negar que há negociações em curso.
Ainda na quinta-feira, dois membros do Federal reserve (Fed) afirmaram que estão discutindo a possibilidade de cortes da taxa de juros. Em uma entrevista à CNBC, a presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, afirmou que uma redução seria possível em junho.
Em outro momento do dia, foi a vez do diretor da autoridade monetária dos EUA, Christopher Waller, manifestar apoio para essa decisão caso as tarifas comecem a pesar sobre o mercado de trabalho.
No setor corporativo, os resultados da Alphabet impulsionaram o mercado. A controladora do Google teve um lucro líquido de US$ 34,54 bilhões (US$ 2,81 por ação) no primeiro trimestre de 2025, ante US$ 23,66 bilhões (US$ 1,89 por ação) em igual período do ano passado.
Já Intel divulgou seu balanço após o fechamento e os resultados foram fracos na avaliação do mercado, com ações em queda no after hours. A empresa registrou um prejuízo líquido de US$ 821 milhões nos primeiros três meses de 2025, contra resultado negativo de US$ 381 milhões um ano antes.
Para a próxima semana, destaque para a temporada de balanços, com as divulgações da Visa e da Coca-Cola, na terça-feira (29/4), da Microsoft e da Meta, na quarta-feira (30/4), e da Apple e da Amazon, na quinta-feira (01/5).
Cenário nacional
No Brasil, a agenda de indicadores econômicos destaca o IPCA-15 referente a abril, além da repercussão do balanço da Vale, divulgado após o fechamento. A empresa registrou um lucro líquido de US$ 1,394 bilhão no primeiro trimestre de 2025, queda de 17% em comparação com igual período de 2024.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula está em Roma hoje, onde acompanha as cerimônias de sepultamento do Papa Francisco.
Na agenda da semana que vem, o Tesouro Nacional divulga o resultado da dívida pública, na segunda-feira (28/4), e o resultado primário do governo federal, na terça-feira (29).
Na quarta, véspera de feriado, será a vez do Banco Central anunciar os dados primários do setor público consolidado e, no mesmo dia, o Ministério do Trabalho publica os números do Caged referentes a março.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Destaques no mercado corporativo
- Prio: anunciou, por meio de fato relevante, que recebeu autorização do Ibama para workover (intervenção em poços de petróleo que envolve técnicas invasivas) no campo de Tubarão Martelo.
- Raízen: informou ontem que a moagem de cana-de-açúcar somou 700 mil toneladas no quarto trimestre da safra 2024/25, ante o volume de 13,8 milhões de toneladas registrado no terceiro trimestre da safra 2024/45. A produção de açúcar equivalente alcançou entre 84 mil e 88 mil toneladas.
- Multiplan: teve lucro de R$ 234 mi no 1º trimestre (-12,4% YoY); receita subiu 0,4%; Ebitda +2,5%.
- Eletrobras: disputa no conselho entre minoritários e governo pode tirar Ivan Monteiro da presidência.
- Magazine Luiza: captou US$ 130 mi com a IFC para investir em tecnologia e plataforma digital.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro nesta sexta-feira também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo: