O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão de sexta-feira (2) em leve alta de 0,05%, aos 135.133,88 pontos, sustentado pela alta da Petrobras. As ações ON da estatal subiram 2%, enquanto os papéis PN avançaram 2,73%.
No cenário internacional, assim como aqui no Brasil, os mercados fazem suas apostas para a super quarta, com decisões sobre os juros.
Para os Estados Unidos, as expectativas são de que o Federal Reserve (Fed) realize a manutenção das taxas entre 4,25% e 4,5%; assim como para a tradicional entrevista de Powell após o anúncio do ajuste.
No contexto da guerra comercial EUA x China, Trump afirmou que não tem planos de conversar com Xi esta semana, mas sinalizou que deve reduzir tarifas sobre as importações chinesas.
Entre as movimentações do mercado, destaque ainda para o recuo do petróleo com anúncio de aumento da oferta pela Opep+.
No Brasil, o Banco Central volta a subir a Selic, conforme planejado, mas deve fazer um ajuste de menor magnitude. A maioria das apostas aponta para uma elevação da taxa básica de juros em meio ponto, a 14,75%.
Nesta segunda-feira (5), em meio às expectativas para as decisões de política monetária e incertezas quanto às tarifas comerciais, o dólar abriu em queda de 0,06%, a R$ 5,65 e o dólar futuro recua 0,13%, a R$ 5,68.
Os juros futuros também cedem, como o Ibovespa futuro, em queda de 0,18%, aos 137.275 pontos.
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Manchetes desta manhã
- União recupera R$ 445,8 bi da dívida ativa em negociações com devedores (Valor)
- Emendas sem destino definido sobem 90% e chegam a R$ 10 bi (O Globo)
- Supersalário de juízes supera verba de política pública em locais pobres (Folha)
- Trump anuncia tarifa de 100% a filme estrangeiro (Valor)
- Mercado reduz projeção da Selic no fim de 2025 para 14,75% e do IPCA a 5,53% (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa têm desempenho misto em meio aos desdobramentos da guerra comercial e expectativa para as decisões de política monetária, com exceção da bolsa de Londres, que segue fechada por feriado.
Na Ásia, os mercados estão fechados por feriado; apenas Taiwan operou, encerrando a sessão desta segunda-feira em queda de 1,23% em um dia de negociações agitadas.
Em Nova York, os índices futuros abriram em queda, com Dow Jones: -0,59%; S&P: -0,75% e Nasdaq: -0,93%; com os investidores acompanhando as notícias sobre a política comercial de Trump.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,8%
• STOXX 600 estável
• FTSE 100 +1,2%
• Nikkei 225 +1%
• Shanghai SE Comp. -0,2%
• MSCI EM +1%
• Dollar Index -0,4%
• Yield 10 anos +0,6bps a 4,3141%
• Bitcoin -1,4% a US$ 94405,81
Commodities
- Petróleo: em queda com aumento da produção da OPEP+. O brent/jul cai 1,17%, a US$ 60,57 e o WTI/jun cede 1,30%, a US$ 57,53, sob o peso da perspectiva de maior oferta e enfraquecimento da demanda.
- Minério de ferro: não teve negociações na China em razão de feriado local. Em Singapura, os contratos futuros sobem 0,52%, cotados a US$ 96,50/ton e o mercado à vista segue em alta de 0,56%, cotado a US$ 97,90/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, neste domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros, acendendo novo alerta no mercado a nível global.
Entre os indicadores econômicos do dia, destaque para a divulgação do PMI composto de abril dos EUA, divulgado pela S&P Global, às 10h45, e do ISM de abril, às 11h. No final do dia, às 22h45, saem os PMIs de abril da China.
Ao longo da semana, a agenda tem como destaques a super quarta, com decisão de política monetária do Fed na quarta-feira e do Banco da Inglaterra (BoE) na quinta-feira (8).
Cenário nacional
No Brasil, a semana inicia com a divulgação do tradicional Boletim Focus, com os economistas reduzindo a previsão para inflação e juros em 2025.
Por aqui também terá a super quarta, com a decisão de política monetária do Copom. A expectativa do BTG Pactual é de mais uma alta da Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano.
Além da decisão de juros, a produção industrial de março sai na quarta-feira (7) e o IPCA de abril na sexta-feira (9).
No cenário político, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou a saída do cargo e o governo escolheu o atual secretário da pasta, Wolney Queiroz, para assumir a chefia.
Na seara das tarifas comerciais, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem que o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, demonstrou abertura para o diálogo bastante importante. Conversa envolveu atração de investimentos, minerais críticos e tarifas.
Haddad também deve visitar empresas como Google, Nvidia e Amazon na Califórnia, com o objetivo de atrair data centers ao Brasil.
Para hoje, estão previstos os balanços da TIM, BB Seguridade, CCR, Grupo Mateus, GPA, Hidrovias do Brasil e Pague Menos.
Ao longo da semana, destaque para a divulgação dos balanços da Prio, Embraer, Bradesco, Minerva, Ultrapar, CSN, Itaú, Ambev, B3, MRV, Assaí, Lojas Renner, Magazine Luiza, Suzano, Braskem, entre outros.
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Destaques no mercado corporativo
- M. Dias Branco: teve lucro de R$ 69,4 milhões no primeiro trimestre, queda de 55%.
- Cogna e Yduqs: voltaram a conversar sobre uma fusão, segundo o colunista Lauro Jardim, no O Globo.
- Equatorial: anunciou emissão de R$ 600 milhões em debêntures.
- Berkshire Hathaway: Buffett anuncia aposentadoria ao fim de 2025 e confirma Greg Abel como sucessor
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro nesta segunda-feira também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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