O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, abre a semana operando próxima ao topo histórico, nos 135 mil pontos. O mercado inicia os negócios em clima de expectativa pela chamada “super quarta”, que trará as decisões sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Nesta manhã, o dólar à vista cai 0,36%, cotado a R$ 5,64.
A análise sobre o desempenho da Bolsa, do cenário macroeconômico e muito mais já está disponível no episódio desta segunda-feira (5) do podcast “Café do Mercado”, nas principais plataformas de podcasts, e apresentado por Lucas Rocco, CEO da Wiser | BTG Pactual.
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Mercado aposta em alta de 0,5 ponto na Selic
No Brasil, a maior parte dos analistas projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano.
Segundo Rocco, menos de 10% dos economistas consultados esperam um cenário diferente — sendo que alguns projetam alta de 0,25 ponto e outros, mais ousados, de 0,75 ponto percentual. A decisão será divulgada na quarta-feira após o fechamento do mercado.
EUA devem manter juros, mas pressão política aumenta
Nos Estados Unidos, a expectativa majoritária é de manutenção dos juros na faixa entre 4,25% e 4,50% ao ano, decisão que cabe ao Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Rocco lembra que o presidente Donald Trump voltou a criticar publicamente o presidente do Fed, Jerome Powell, por não acelerar os cortes nas taxas de juros. A pressão política, no entanto, não altera a avaliação do mercado sobre a decisão desta semana.
Bolsas sobem nos EUA, mas sem acordo com a China
Apesar da ausência de acordo entre EUA e China, os mercados acionários americanos registraram nove pregões seguidos de alta — a maior sequência desde 2004. O movimento contrasta com a recente tensão comercial iniciada por Trump, que propôs novas tarifas sobre produtos chineses.
Rocco aponta que o otimismo do mercado parece baseado na expectativa de que os dois países acabarão encontrando um consenso, apesar da retórica ainda acirrada.
Ouro em alta e petróleo em queda
O ouro opera com valorização próxima de 2,5%, reflexo da busca por ativos considerados mais seguros em momentos de incerteza. Já o petróleo registra queda de 1,6%, sendo negociado a US$ 57 o barril.
Os contratos futuros das bolsas norte-americanas apontam para uma abertura em baixa, com perdas entre 0,7% e 1%, devolvendo parte dos ganhos acumulados na semana anterior.