O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou estável na véspera desta super quarta, com leve alta de 0,02%, aos 133.515,82 pontos, e volume financeiro de R$ 22 bilhões.
O desempenho do índice foi sustentado pela cautela dos investidores diante das decisões importantes sobre os juros no Brasil e nos Estados Unidos.
No mercado internacional, a atenção está voltada para a decisão do Fomc, com expectativa de manutenção dos juros entre 4,25% e 4,50% e, em seguida, o discurso e Powell em tom mais cauteloso.
O mercado aposta em até quatro cortes este ano; enquanto os economistas esperam dois, considerando o recuo da inflação e desemprego estável.
O cenário da guerra comercial entre China e Estados Unidos, no entanto, quase rouba a cena nesta super quarta. Na noite desta terça-feira (6), os governos da China e dos EUA confirmaram o início das negociações comerciais neste final de semana.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, viajará à Suíça para um encontro com o vice primeiro-ministro chinês, He Lifeng.
No Brasil, o mercado espera majoritariamente que o Copom decida por uma alta de 50pbs para a Selic, apesar de a chance de alta menor (25bps) ter aumentado com a especulação de um possível fim do ciclo de alta.
O Banco Central, no entanto, deve manter um tom mais cauteloso e não indicar fim do ciclo.
À espera das decisões de política monetária no país e no exterior, o dólar abriu em queda de 0,17%, a R$ 5,70 e o dólar futuro recua 0,30%, a R$ 5,73. Os juros futuros abriram mistos, em queda na ponta longa, enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,45%, aos 136.280 pontos.
- Crédito com as menores taxas do mercado. Simule um empréstimo com home equity agora.
Manchetes desta manhã
- Com crescimento mais forte, informalidade do trabalho cai ao menor nível desde a pandemia (Valor)
- Governo Lula avalia usar verba pública para devolver desconto irregular do INSS (Folha)
- Parcela de brasileiros na pobreza caiu de 28% para 25% no ano passado, diz estudo da FGV (O Globo)
- Beneficiário de trust deve pagar Imposto de Renda (Valor)
- EUA e China vão iniciar negociações comerciais nesta semana em Genebra (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa operam em queda antes do Fed, que deve manter a taxa de juros inalterada e pode dar indicação sobre o futuro da política monetária.
O mercado também avalia a nova leva de resultados corporativos. Novo Nordisk sobe 4,18% e Siemens avança 0,48% com resultados acima das estimativas; enquanto a BMW valoriza 1,48%, embora seus lucros do primeiro trimestre tenham caído 23%.
As ações da AstraZeneca e da GSK, em Londres, recuaram 1,94% e 4,28%, respectivamente, em reação negativa à nomeação de Vinay Prasad pela FDA para liderar o Centro de Avaliação e Pesquisa Biológica, que supervisiona vacinas e medicamentos biológicos.
Na Ásia, os mercados encerraram a quarta-feira no positivo, com exceção apenas para Tóquio. O desempenho do mercado financeiro foi estimulado pelo anúncio de que a China teria planos para cortar as principais taxas de juros e sustentar o crescimento diante das sanções comerciais dos EUA.
Os investidores também acompanham de perto a provável reunião nesta semana entre negociadores chineses e norte-americanos e a decisão sobre os juros dos Estados Unidos nesta tarde.
Em Nova York, os índices futuros abriram em alta, com expectativa de diálogo entre EUA e China, além da decisão do Fed.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,5%
• STOXX 600 -0,4%
• FTSE 100 -0,3%
• Nikkei 225 -0,1%
• Shanghai SE Comp. +0,8%
• MSCI EM estável
• Dollar Index +0,3%
• Yield 10 anos +1,6bps a 4,3101%
• Bitcoin +2,4% a US$ 96931,69
- 🔥 Seu dinheiro pode render mais! Receba um plano de investimentos gratuito, criado sob medida para você. [Acesse agora!]
Commodities
- Petróleo: sobe com menor produção americana e negociações comerciais entre EUA e China. O brent/julho sobe 0,48%, a US$ 62,45 e o WTI/junho valoriza 0,68%, a US$ 59,49.
- Minério de ferro: fechou em alta de 0,35% em Dalian, na China, cotado a US$ 97,98/ton. Em Singapura, os contratos futuros avançam 0,81%, cotados a US$ 98,30/ton e o mercado à vista valoriza 0,81%, cotado a US$ 99,30/ton.
Cenário internacional
Nos Estados Unidos, o FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), divulga sua decisão de juros às 15h, com entrevista do presidente, Jerome Powell, na sequência. Esta será a primeira decisão sobre os juros após o “Liberation Day”.
Na China, o Banco Popular da China (PBoC) cortou em 0,1 ponto percentual a taxa de juros de recompra reversa de 7 dias e em 0,5 p.p. o compulsório bancário, que passa a 9%.
Também foram anunciadas novas linhas de refinanciamento para consumo, assistência a idosos e setor tecnológico, além do corte na taxa de empréstimos do fundo habitacional como parte do esforço para estabilizar o mercado imobiliário.
Cenário nacional
No Brasil também haverá decisão de juros, direcionada pelo Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, às 18h30. Seguindo as apostas do mercado, o BTG Pactual projeta uma alta da Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano. Se confirmado, este será o maior patamar da Selic desde julho de 2006.
Na agenda de indicadores econômicos, destaque para a produção industrial de março pelo IBGE, que registrou alta de 1,2%, ante uma queda de 0,1% em fevereiro. Na base anual, houve alta de 3,1%,
Às 15h será divulgada a balança comercial de abril, com estimativa de superávit de US$ 8,3 bilhões.
No cenário político, a Câmara aprovou o projeto que amplia número de deputados federais de 513 para 531. A decisão terá um impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões ao ano.
Ainda em Brasília, o deputado Arthur Lira será o relator do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais na comissão da Câmara. Ontem, disse que pretende entregar seu parecer ainda no primeiro semestre.
Para hoje, estão previstos os balanços do Bradesco, Engie Brasil, Klabin, C&A Modas, Guararapes, Iochpe-Maxion, Lojas Quero-Quero, Minerva, Rede D’or, Taesa, Ultrapar e Vivara.
- ⚡ A informação que os grandes investidores usam – no seu WhatsApp! Entre agora e receba análises, notícias e recomendações.
Destaques no mercado corporativo
- Azul: Fitch rebaixou rating para “CCC-”, com perspectiva negativa e notas seniores garantidas da Azul Secured Finance LLP para “CCC-” com Rating de Recuperação “RR4”.
- Prio: teve lucro de US$ 344,7 mi no 1º trimestre (+54%); produção caiu 13% em abril.
- Petrobras: Tolmasquim deve sair em um mês, para compor o conselho de administração da Eletrobras.
- GPA: entrou com pedido de arbitragem contra Casino sobre IR perante a Corte Internacional de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional (CCI).
- JBS: investirá R$ 216 mi em quatro unidades da Seara em SC.
- Banco Master: o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) impediu contrato de aquisição de 58% do capital.