O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão desta quarta-feira (7) em leve queda de 0,09%, aos 133.397 pontos, refletindo a cautela dos investidores antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre os juros, divulgada após o fechamento do mercado.
No mercado internacional repercute a decisão unânime do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que manteve os juros dos EUA no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. Essa foi a terceira manutenção seguida da taxa, pausando o ciclo de afrouxamento monetário.
Investidores também acompanham o cenário da guerra comercial. O presidente Donald Trump marcou para esta quinta-feira (8), às 11h (horário de Brasília), uma coletiva de imprensa para informar o primeiro acordo comercial fechado pelos EUA, provavelmente com o Reino Unido.
No Brasil, repercute a decisão do Copom, que aumentou taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, atingindo o maior nível desde 2006. Essa foi a sexta elevação durante o governo Lula 3.
Refletindo as decisões de política monetária, o dólar abriu em queda de 0,17%, a R$ 5,73 e o dólar futuro recua 0,10%, a R$ 5,76. Os juros futuros sobem apenas na ponta curta e o Ibovespa futuro sobe 0,79%, aos 136.430 pontos.
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Manchetes desta manhã
- BC eleva juro para 14,75%, o mais alto desde 2006, e deixa próximos passos em aberto (Valor)
- Lula e Xi falam de multilateralismo para justificar presença em celebração de Putin (Folha)
- Trump anuncia primeiro acordo tarifário com Reino Unido: ‘Muitos outros estão por vir’ (Estadão)
- Inchaço na Câmara geraria impacto nas Assembleias de R$ 75 milhões por ano aos cofres estaduais (O Globo)
- Grupo Ultra assume o controle da Hidrovias do Brasil (Valor)
Mercado global
As Bolsas da Europa abriram a sessão desta quinta-feira em alta, à espera da nova rodada de lucros e das decisões dos Bancos Centrais da região (Riksbank da Suécia, do Norges Bank da Noruega e, especialmente, do Banco da Inglaterra).
O sentimento de otimismo também aumenta com a possibilidade de acordo entre o Reino Unido e os EUA, além dos relatos de que a Grã-Bretanha possa ser o primeiro país a fechar um acordo após as novas tarifas.
Na Ásia, os mercados encerraram a sessão no positivo, com expectativas sobre as negociações entre a China e Washington no fim de semana.
No setor corporativo, as techs registraram ganhos após relatos de que o governo dos EUA estaria planejando reduzir as restrições à exportação de chips avançados de IA.
Em Nova York, os índices futuros abriram em alta, após o presidente Donald Trump afirmar no Truth Social que um acordo foi fechado com um importante parceiro.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +1,1%
• STOXX 600 +0,7%
• FTSE 100 +0,4%
• Nikkei 225 +0,4%
• Shanghai SE Comp. +0,3%
• MSCI EM -0,4%
• Dollar Index +0,2%
• Yield 10 anos +3,9bps a 4,3082%
• Bitcoin +3,1% a US$ 99820,19
Commodities
- Petróleo: sobe com perspectiva de acordo entre EUA e China. O Brent/julho sobe 1,60%, a US$ 62,10 e o WTI/junho avança 1,89% a US$ 59,17
- Minério de ferro: cedeu 2% na madrugada (horário Brasília) em Singapura, a US$ 96,40 a tonelada, e em Dalian, na China, também recuava 2%. Contratos de aço de Xangai também recuaram.
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Cenário internacional
Nos Estados Unidos, a agenda traz a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que aumentaram em 228 mil, ante consenso de 230 mil; e, às 11h (horário de Brasília), Trump anuncia em coletiva o primeiro acordo comercial dos EUA, possivelmente com o Reino Unido.
O Banco da Inglaterra (BoE) anunciou agora pela manhã corte da taxa de juros de 4,5% para 4,25%., pesando o crescimento fraco e cenário tarifário incerto.
Na Noruega, o Banco Central manteve os juros em 4,5%, dentro das projeções do mercado. Na Suécia, os juros também ficaram inalterados, em 2,25%, mas o Banco Central levantou a possibilidade de novos cortes.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda segue tranquila de indicadores econômicos, com dados de produção de veículos em abril pela Anfavea, às 11h, e o leilão do Tesouro de NTN-F e LTNs, às 11h30.
Para hoje, estão previstos mais de 30 balanços, como do Itaú, Copel, Ânima, Assaí, B3, Cemig, CSN, Lojas Renner, Magazine Luiza, Petz e Suzano, entre outros.
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Destaques no mercado corporativo
- Minerva: Lucro de R$ 185 mi, revertendo prejuízo; receita cresceu 55,8%.
- Rede D’Or: Lucro de R$ 1,018 bi (+21,1%); Ebitda ajustado subiu 21,1%.
- Ultrapar: Lucro caiu 20,2%, para R$ 363 mi; Ebitda caiu 12,5%.
- Azzas 2154: Lucro de R$ 117,7 mi (+15,6%); receita subiu 13,9%.
- Natura &Co: BlackRock aumentou participação para 5,032% do capital
- Prio: Avaliada para upgrade de rating após aquisição do Campo de Peregrino, segundo o diretor Financeiro, Milton Rangel.
- Itaúsa: BlackRock passou a deter 5,073% das ações preferenciais