O banco Citi expressou preocupação em relação às projeções de vendas divulgadas pelo Carrefour após a conversão das unidades BIG em Atacadão. A análise aponta que tais projeções parecem ser conservadoras, representando um possível risco negativo para as estimativas do mercado.
Guidance conservador preocupa investidores
No relatório enviado aos clientes, os analistas João Pedro Soares e Feipe Reboredo destacaram que, embora o Carrefour tenha discutido números como o Ebitda incremental da otimização de lojas e a margem Ebitda para Sam’s Club, o guidance sobre a produtividade da conversão das unidades BIG em Atacadão gerou inquietações. O banco Citi, em contrapartida às expectativas da empresa, aponta uma diferença considerável nas projeções de vendas.
Divergência nas projeções de vendas por m²
Enquanto o Carrefour espera que as vendas por metro quadrado (m²) do BIG atinjam a faixa entre R$ 28 mil e R$ 31 mil para 2024 e R$ 35 mil para 2025, o Citi tinha estimativas mais otimistas, projetando valores entre R$ 43.400 e R$ 51.000 por m² para os mesmos anos, respectivamente.
Risco negativo para estimativas do Citi
Os analistas do Citi ressaltaram que, inicialmente, esperavam que as unidades BIG atingissem a produtividade das unidades legadas do Atacadão. Apesar de não alterarem suas projeções, alertaram que o guidance conservador implica um risco negativo, estimando cerca de 30% a menos nas vendas para lojas BIG convertidas em Atacadão e aproximadamente 3% a menos nas vendas líquidas consolidadas para 2024/25.
Recomendação do Citi e potencial de valorização
Diante desse cenário, o Citi reiterou sua recomendação neutra/alto risco para as ações do Carrefour, mantendo um preço-alvo de R$ 12,00 por ação ordinária. Esse valor representa um potencial de valorização de 7,7% sobre o fechamento de ontem, segundo o banco.
Imagem: Divulgação