Com a restrita política de “Covid zero”, a China voltou a decretar lockdown nesta terça-feira (30) em importantes centros comerciais. O país enfrenta um aumento nos casos de Coronavírus, tendo mais de 1.700 novos infectados por todo o território.
Em uma coletiva feita no dia 28 deste mês, as autoridades afirmaram que o novo surto está relacionado a uma das variantes do coronavírus, a Ômicron BF.15, que segundo ele, é mais difícil de detectar e mais transmissível.
Entre os principais locais afetados estão o centro tecnológico do sul de Shenzhen, o sudoeste de Chengdu e o porto de Dalian, no nordeste do país.
Com as novas restrições impostas, o mercado que já andava a passos curtos passa a fechar mais um dia em queda, com a bolsa de Hong Kong numa baixa de 0,37% e a de Xangai com uma perda de 0,42%.
Outro importante polo econômico que foi afetado, é o porto de Dalian, onde ordenaram o bloqueio de grandes distritos e o fechamento dos negócios com o objetivo de conter o surto.
O porto é o 9º maior do mundo, e movimenta toneladas e toneladas de soja e, é responsável pela maior produção mundial do minério de ferro. Com as novas medidas impostas, o minério caiu para menos de US$ 100 a tonelada, com uma diminuição de 5% em seu valor.
Já o centro tecnológico de Shenzen, vai impor um confinamento em pelo menos 6 bairros, onde foram detectados doze novos casos. Dentre os bairros afetados está o Huaqiangbei, que abriga o maior mercado atacadista de eletrônicos do mundo.
“O próximo período será o período mais estressante, de alto risco e sombrio para prevenção e controle de epidemias em nossa cidade”, contou um trabalhador de Shenzen, aos jornalistas do local.
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