A indicação de Caio Mario Paes de Andrade pela União Federal ao cargo de presidente da Petrobras não quer dizer que será aprovado, avalia a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Há inconsistências no currículo dele que estão sendo questionadas no Comitê de Pessoas, na governança interna da companhia. São requisitos exigidos pela Lei das Estatais, como experiência no setor de óleo e gás e formação acadêmica e profissional”, comentou a entidade, em nota.“Os indicados ao Conselho de Administração tenderão a seguir pretensões eleitoreiras do governo, ampliando o intervalo de reajustes de preços dos combustíveis, como paliativo até as eleições. Serão tentativas desesperadas do presidente Jair Bolsonaro, que não resolverão o problema enquanto não eliminar a política de Preço de Paridade de Importação (PPI)”, opina a FUP.
Contudo, a entidade acredita que os indicados pelo governo federal não poderão adotar congelamentos, sob o risco de desagradar acionistas da companhia, que têm recebido altos dividendos com a alta dos preços. “Mas, para demonstrar a seu eleitorado compromisso com o liberalismo, poderão avançar na venda de ativos e em providências para a privatização da Petrobras, conforme já sinalizado por Bolsonaro junto com Paulo Guedes, ministro da Economia, Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, e Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados”, finaliza.
Cynara Escobar / Agência CMA
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