Marcos de Vasconcellos blog

Ligando os pontos

Textos de Marcos de Vasconcellos, jornalista, CEO do Monitor do Mercado, colunista da Folha de S.Paulo e assessor de investimentos.

Lula reclama de juros, mas aumenta insegurança

Momentos de desequilíbrio criam movimentos temerários no mercado financeiro.

icone de relogio 06/03/2023 09:11

Momentos de desequilíbrio criam movimentos temerários no mercado financeiro. Não à toa o Ibovespa, principal indicador da nossa Bolsa, chegou à pior pontuação desde dezembro, numa queda puxada pela Petrobras.

O que derrubou o preço dos papéis da petroleira foi a interferência do governo, que, ao mesmo tempo em que voltou com os impostos, foi pressionar a estatal para reduzir o preço dos combustíveis.

A política de preços da gigante do petróleo voltou à mira do Executivo: Lula e Bolsonaro deram um abraço. “Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema”, disse Bolsonaro, em 2022. “Nós vamos ‘abrasileirar’ os preços do petróleo”, arrematou Lula, nesta quinta-feira (2).

O Preço de Paridade de Importação (PPI) consiste, em resumo, em vender gasolina e diesel produzidos aqui pelo mesmo preço dos produtos importados. E isso precisa ficar claro: não é apenas uma comparação com o preço internacional do petróleo. São considerados também taxas e os custos de frete, movimentação, armazenamento e serviços associados, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Antes do PPI, posto em prática em 2016, era comum que os reajustes no preço da gasolina fossem feitos de acordo com análises do governo sobre os impactos na inflação. O problema disso é o uso eleitoral, represando aumentos a um alto custo para a empresa. E não pense que não dá para quebrar uma gigante. A história já provou que a má gestão é punida.

Melhorar o PPI parece melhor do que acabar com ele. Faz mesmo sentido cobrarmos como se tivéssemos custo de frete internacional e armazenamento para combustíveis refinados aqui?

Já a criação de um imposto sobre exportação, em vez de melhorar os preços internos, atinge quem nada tinha a ver com o governo embolado em ajustar as contas.

Este é o tema da coluna de Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, na Folha de S.Paulo, nesta semana.

Clique aqui para ler o texto na íntegra.

Quer melhorar sua estratégia para investir? Converse com um especialista da Wise Investimentos.