Em esclarecimento a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Braskem (BRKM5) disse não saber sobre as intenções e sondagens do governo para indicar Guido Mantega ao conselho de administração da empresa.
Nesta segunda-feira (3), em entrevista a Bloomberg, o ex-ministro da Fazenda falou que foi sondado pelo governo para integrar o conselho da petroquímica e se coloca à disposição se “os acionistas e a Assembleia decidirem isso”.
A resposta da empresa teve de ser enviada a CVM devido à volatilidade das ações, que terminaram a sessão de segunda-feira em queda de 1,43%.
Por fim, a empresa também informou que a eleição dos 11 atuais membros do conselho ocorreu em 29 de abril, com mandato até 2026.
Como assim “de novo”?
No mês passado, a Braskem também divulgou um comunicado sobre o mesmo assunto, mas respondendo a outra notícia. Naquela ocasião, uma veiculada no jornal Folha de S.Paulo.
A notícia dizia que após a “fracassada tentativa de emplacar o ex-ministro Guido Mantega na presidência ou no conselho de administração da Vale”, o governo começa a estudar a indicação dele a Braskem.
Assim como desta vez, a empresa negou o “conhecimento de tal informação, razão pela qual questionou a Petrobras”.
Guido Mantega na Vale
As tentativas de emplacar Guido Mantega começaram na Vale (VALE3), mas a novela gerou muita pressão sobre a mineradora. Isso porque o nome do ex-ministro não é bem visto pelo mercado financeiro devido a sua atuação durante o mandato de Dilma Rousseff — período que o Brasil enfrentou sua maior recessão histórica.
Informações apuradas pela Folha de S.Paulo, indicaram que em 26 de janeiro, Mantega teria desistido de ocupar qualquer cargo na Vale, seja ele no conselho ou na presidência.
O mercado reagiu bem à desistência, impulsionando as ações da empresa a uma alta de 1,67% no mesmo dia.









