Os Estados Unidos criaram 206 mil empregos em junho, segundo o payroll (relatório de empregos). O dado publicado nesta sexta-feira (5) pelo Departamento do Trabalho é um dos principais indicadores analisados pelo Federal Reserve para decidir os rumos da política monetária norte-americana. O resultado bem acima das projeções do BTG Pactual, de 188 mil vagas.
Segundo o departamento, o aumento nas vagas foi puxado pelos setores: público, de saúde, assistência social e no de construção. O relatório mostrou também o resultado para a taxa de desemprego dos EUA no último mês, que teve um leve aumento, de 4% para 4,1% ante maio. O BTG esperava por uma estabilidade da taxa.
Revisões no payroll
O Departamento do Trabalho revisou para baixo o número de criação de empregos de maio, de 272 mil para 218 mil, assim como o de abril, de 165 mil para 108 mil.
Em junho, o salário médio por hora teve alta de 0,29% em relação a maio, a US$ 35, ligeiramente abaixo da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 3,86% no último mês, também bem próximo à previsão de 3,90%.
Impacto para o dólar e os juros
Os dados de junho acima do esperado podem indicar uma nova aceleração da economia norte-americana, impactando nas próximas decisões do Federal Reserve. Os números para o payroll vão na contramão de outros indicadores referentes ao mercado de trabalho, que sinalizaram uma desaceleração.
Apesar disso, o monitoramento do CME Group sobre a taxa de juros dos EUA apontou para uma possibilidade ainda maior do Fed realizar um corte em setembro. Antes do relatório mensal, a previsão era de 72,6% e depois subiu para 77,6%
Nesta manhã, os investidores aguardavam a divulgação do relatório de empregos de forma cautelosa. O dólar chegou a cair nos primeiros minutos de sessão, tocando a mínima de R$ 5,46 (queda de 0,36%), mas reverteu o cenário. Às 10h, a moeda subia 0,19%, negociada a R$ 5,50.
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